Dr. José Kormann (Histórias da História)
Historiador
Se mais atiradores assim houvesse...
Numa roda de conversa sobre noticiários da imprensa escrita local, alguém se manifestou dizendo: “Também, o Pedro Skiba atira para tudo que é lado...”. Mas outro logo retrucou: “Se mais atiradores assim houvesse por aqui, certamente São Bento do Sul seria bem mais democrática do que tão plutocrática qual é”. Realmente, Pedro Alberto Skiba, dono do jornal Evolução e notícia dele nesta edição, é muito mais livre e pessoalmente descompromissado em suas afirmações jornalísticas do que, de fato, possa parecer. É esse um ângulo não muito conhecido de sua personalidade. Ele é o Prata da Casa de hoje.
Um perfeito respeitador das opiniões alheias
Ele é tão democrático que só lê seu próprio órgão de imprensa depois que já foi lançado a público. Não há censura de espécie nenhuma, a não ser aquela que as leis de imprensa impõem e isso durante os anos todos que o jornal Evolução existe. Sua crítica esperta e gostosa de ser lida nos textos que ele mesmo escreve é simplesmente atraente por ser bonita, inteligente e sábia. É por isso mesmo que deveria haver mais atiradores de elite desse quilate para que muitos pensassem melhor antes de agir, especialmente em suas atitudes públicas, que é o que interessa.
Mais são-bentense que muitos
Seu pai, Miguel Skiba, nasceu em Rio Vermelho Estação. O pai, por ser telegrafista ferroviário, foi muito transferido para vários lugares diferentes. Pedro nasceu em Joinville, mas viveu em Corupá, Santa Leocádia, Felipe Schmidt e Porto União, onde casou. Pedro também se tornou ferroviário, exercendo suas funções em Herval d’ Oeste. Em 1982 veio a São Bento do Sul, onde sentiu o peso doentio por parte de alguns poderosos ou metidos a tal, um verdadeiro preconceito bairrista; mas ele diz que é mais são-bentense do que estes, sendo que seu pai é de Rio Vermelho, enquanto que os ascendentes desses outros são europeus.
Vastíssima experiência profissional
Aos 10 anos de idade passou a trabalhar como entregador de mercadorias. Ia de bicicleta com carretinha. Sofria, mas conseguia. Diz ele: “E não me fez mal nenhum”. Se malandro, o pai lhe mandava cortar a vara com a qual apanhava e, diz ele, também não fez mal algum. Trabalhou como aprendiz de contabilidade, sem receber salário e, segundo ele: “Só me fez bem”. Aos 16 anos foi emancipado por escritura pública para ser procurador da empresa Paraná Dourado e Companhia. Diz ele que naquele tempo se fazia de tudo e se aprendia na marra. Em Joinville trabalhou em processamento de dados para empresas diversas. Depois trabalhou no Programa de Capitalização e Apoio à Pequena Empresa em todo o Estado de Santa Catarina. Chegou a ser diretor do Procape da Secretaria da Fazenda.
Em São Bento
Em 1982, Pedro Skiba, Paulo Nogara e William Koeler assumiram a Artematic, a Rovel e fundaram a Quimiflora para a extração de resina no Brasil inteiro. Quando tudo ia muito bem, as dívidas assumidas estavam sendo saldadas segundo o cronograma estabelecido, veio, da noite para o dia, uma maxidesvalorização da moeda em 43%, o que tornou impossível pagar as dívidas em Dólares no tempo previsto. Venderam a Artematic para a Wetzel de Joinville, a Rovel para a Nielson, também de Joinville, e a Quimiflora para a Weg – e cada um dos três sócios tomou seu caminho próprio.
Tudo o que se conta é pouco
As realizações de Pedro Skiba são muitíssimas. Ele que escreve tão bem, deveria editar um livro substancioso sobre sua vida. Os exemplos não devem morrer. Entre tudo, entrariam os Bailes de Gala do Planalto Norte, a 1ª ambulância dos bombeiros em São Bento do Sul, campanha Cleiton & Edinara, a fundação da Acim e da Apae em Massaranduba, etc, etc, etc.