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José Kormann, Dr. (Histórias da História)


Dr. José Kormann (Histórias da História)

Historiador


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Prata da Casa - Aquela professora

Segunda, 02 de abril de 2012

Sem nome

O anonimato também tem seus direitos. É isso mesmo, mais uma vez, nestes artigos de Prata da Casa, no presente caso, a professora não quer aparecer. Não quer que a escola e seu local apareçam. Nem a diretora do estabelecimento e nenhum de seus alunos, mas o exemplo daquilo que aconteceu, pode e até deve aparecer para o bem de todos quantos se interessam pelas boas relações humanas, pelos mistérios dos quais cada pessoa é portadora e das consequentes surpresas agradáveis com as quais cada ser humano nos pode brindar e cujos defeitos temos que saber perdoar.

 

O progresso pode causar inveja

No Brasil, nestas últimas décadas, caminhou-se progressisticamente bem depressa e nem sempre todos o suportaram com a devida alegria que isso requereria. Houve, por exemplo, uma época em que em Santa Catarina houve um só professor realmente formado e os outros eram de situações diversas e isso quando não eram os ineptos para outras atividades que ocupavam esse cargo. Mas quando surgia um mais habilitado, os demais frequentemente o procuravam desprezar e fazê-lo cair em situações desagradáveis perante os próprios alunos de estabelecimento e diante dos demais colegas de profissão. E quantas vezes isso aconteceu com os recém-formados mais graduados que chegavam à escola e, às vezes, eram realmente menosprezados pela própria direção da escola.

 

Como sofreu esta professora

Deu-se que assim veio uma professora nova, formada em curso superior, mas sem nenhuma experiência para trabalhar, a uma determinada escola. Todos os professores e direção a olhavam de soslaio. Deram-lhe a pior turma para lecionar. Quando ela pedia ajuda, todos se negavam a ajudá-la e simplesmente lhe diziam que ela fizesse valer o seu diploma e seu salário, mostrando sua superioridade de estudo. Os alunos sentindo a inexperiência da mestra se aproveitavam da situação. Os pais reclamavam e muitos de seus colegas de profissão se sentiam felizes com isso e alguns até estimulavam essa situação de revolta, querendo, com isso, provar que os professores mais estudados eram os piores.

 

Usou de todos os meios lícitos

Mas a professora resolveu vencer contra tudo e contra todos. E venceu. Entre os pais descobriu alguns bons. Os estimulou a colaborar e o conseguiu aos poucos e estes atraíram mais alguns outros até que se tornaram a maioria. Entre os alunos ela fez e conseguiu o mesmo. O esforço da professora foi enorme. Não descansou nem sábados e domingos. Sempre estava à disposição. Lecionava, explicava com amor e dedicação, corrigia tudo e devolvia tudo com anotações e comentários construtivos e sempre ressaltava as boas qualidades de todos. Como fervorosa que era, ia à escola antes de todos e até aspergia a sala com água benta sem que ninguém soubesse. Conseguiu que os alunos sentissem orgulho de sua classe. Aos poucos conseguiu o apoio dos colegas mais humildes com os quais travou forte e fiel amizade, enquanto, sem brigar, evitava os intriguentos, os pessimistas e os fofoqueiros. Conseguiu, lentamente, estabelecer em seu torno um clima de otimismo e bem estar que atraía a grande maioria.

 

Sua vida interior

Mas como suportar isso? Foi sua grande vida interior de forte consciência alimentada com bons pensamentos, boas leituras e firme fé em Deus. Ela sabia e sentia que, para vencer, é preciso amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, ou seja, Deus, eu e os outros em igualdade com o amor que tenho por mim mesmo; pois: só quem amor tem, amor pode dar; e amor tem lugar na mente de quem bem sabe se amar.



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