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Henrique Fendrich

rikerichgmail.com

Henrique Fendrich (Crônica de São Bento)

Jornalista são-bentense residindo em Brasília/DF


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Recordações do Cesb

Sexta, 14 de outubro de 2011

Sou filho único, mas isso não significa que a palavra irmão não tenha um grande significado para mim. Seria até estranho se não tivesse, depois de ter estudado por oito anos no Colégio São Bento – na época, um colégio de irmãos maristas. É verdade que eu demorei um pouco a entender o que era um irmão e o que ele fazia por lá. Lembro que na pré-escola eu ouvi de um menino bem mais velho uma terrível ameaça: “Olhe que vou chamar o irmão, hein!”. Eu fiquei pensando comigo quem era o irmão daquele sujeito e por que raios eu devia temer a ele. Fato é que ele não chamou o irmão, e então eu perdi a oportunidade de conhecer o Irmão José, que era quem estava por lá na época. Tinha fama de linha-dura, o Irmão José. Isso eu fui descobrir depois.

No final daquele mesmo ano, o Irmão José foi transferido e veio o Irmão Lino. Ora, se o menino mais velho ameaçasse chamar o irmão e eu soubesse que era o Irmão Lino, eu provavelmente diria algo como “Ah, ele é parceiro”. O Irmão Lino tinha fama de brincalhão e gente boa – o que não impediu que fosse ele o responsável pela única advertência que levei. Até hoje uma história mal explicada, envolvendo outros colegas e um lixeiro – dizem que alguém o chutou, mas eu não lembro.

Na verdade, bem pouca coisa eu me lembro daquela época. Sei apenas que o pastel custava R$ 0,50 na cantina. Também era esse o preço da laranjinha, com a vantagem de podermos devolver o casco e trocar por alguma coisa baratinha – em geral, um torrão. Havia também os salgadinhos da Elma Chips, que comprávamos especialmente por causa dos Tazos – se você não sabe o que é um Tazo, você não viveu. Era uma dessas coisas que colocam dentro do salgadinho para vender mais. Em pouco tempo, virou febre. Os corredores ficavam cheios de gente apostando Tazo. Pura jogatina infantil.

Não foi a única febre do meu tempo, mas foi a mais divertida. Teve também uma época do ioiô, mas durou pouco. Lembro ainda da febre de pular elástico, mas isso era mais coisa de menina. Ninguém brinca mais disso. Quando eu já era maior, a mania era o pingue-pongue. Foi essa a febre em que melhor que sai. A primeira raquete que eu tive foi comprada numa loja de R$ 1,99. Era toda azul, sem borracha, sem nada. Isso me fez ser conhecido como “Azulão”. Vejam vocês a que ponto chega o bullying. Tive muitas raquetes melhores depois, mas o apelido ficou.

 

O PARQUINHO

Mas eu já estava me adiantando, e quase que me esqueço do parquinho. Era ainda no tempo da pré-escola. Um dia, a professora decidiu conceder uns momentos de liberdade para aquelas inquietas crianças: que fossem ao parquinho ali do lado. Fomos correndo. Eu me lembro de estar me divertindo na gangorra, primeiro brinquedo que vi, quando olhei ao longe e fiquei boquiaberto: havia um tobogã! Largamos então a gangorra e fomos até lá nos divertir de verdade. Era um tobogã mais ou menos alto. Subíamos a escada e nos atirávamos. Havia umas duas ou três ondulações até cairmos num monte de areia. Imediatamente, virou o brinquedo favorito, com direito a fila e crianças impacientes.

E o leitor não leve a mal, mas oito anos geram coisas demais para uma única crônica. Vá aproveitar a sexta que eu continuo depois. 



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