Psicóloga
Geralmente os pais tem um ideal de filho em suas mentes e acreditam estar trabalhando para que seus filhos cheguem a ele. Não costuma mudar muito, de modo geral, os pais querem criar filhos que sejam educados, gentis, saudáveis, estudiosos, trabalhadores, organizados. De posse de seus ideais os pais fazem o que podem e cobram de seus filhos que cheguem lá.
Algumas perguntas se fazem importantes aqui. Como seu filho será educado se você grita com seu companheiro(a) na frente dele? Como será gentil se você jamais lhe pede “por favor” ou lhe diz “obrigado”? Como será saudável se você oferece saladas como um remédio amargo? Como será estudioso se você escolhe como castigo a leitura? Como será trabalhador se te assiste reclamar todos os dias de acordar cedo? Como será organizado se seus horários são uma bagunça?
Os conselhos e exigências seguidos de um discurso meticuloso sobre o que é certo ou errado no mundo não costumam fazer grande efeito sobre as crianças. O mundo é grande demais para que elas possam considerá-lo e pensar no bem comum. São incapazes de saber o que é o bem até para si mesmas. Durante muitos anos as crianças acham que “bem” significa prazer, porque o prazer é bom.
Eis aí um aliado na educação dos filhos: o prazer. Se o filho assiste a seus pais serem educados, gentis, cuidadosos com a saúde, estudiosos, trabalhadores, organizados de maneira natural e com prazer em ser desta forma, os filhos irão desejar ser assim, pois a seus olhos parecerá que tudo isso é bom. E uma criança deseja o que lhe parece bom.
Podemos resumir, na frase da qual desconheço o autor, “um grama de exemplos vale mais que uma tonelada de conselhos”!