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Pacientes vivem angústia em busca de atendimento no São José em Joinville

Quinta, 20 de dezembro de 2012

 

Servidores se reúnem nesta quinta para pedir melhorias. Caso não haja acordo, pode haver paralisação no dia 24

 
Pacientes vivem angústia em busca de atendimento no São José em Joinville Diorgenes Pandini/Agencia RBS
Matilde Nizer, mãe de Roberto, que aguarda há oito dias uma vaga na UTI do São José Foto: Diorgenes Pandini / Agencia RBS
Claudia Morriesen

 

Em meio ao calor, à falta de espaço, à espera por atendimento e a poucos dias do início do recesso de fim de ano, uma mãe caminha pelo Hospital Municipal São José com o coração sendo partido a cada choro de dor que o filho solta e a cada pedido negado pelos funcionários da unidade de saúde.

Matilde Nizer convive há nove dias com os problemas da instituição, tempo em que o primogênito, Roberto, está internado depois de ter sido esfaqueado por um amigo na própria casa, em Itapoá. Desde o dia em que entrou no hospital, o jovem de 23 anos precisa ser encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo, mas não há vagas – atualmente, o local conta com 14 leitos.

Na manhã de quarta-feira, ao mesmo tempo em que Matilde buscava uma solução para o drama que tem vivido, um grupo de cerca de cem servidores públicos do São José se reunia em assembleia com a direção do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Sinsej), em frente ao Complexo Ulysses Guimarães. A conversa foi convocada pelos funcionários para que ocorresse durante as trocas de turnos, que acontecem entre 11h30 e 13h30.

Em pauta estavam dois problemas enfrentados pelos servidores. Um deles é a falta de condicionares de ar suficientes para os setores, prejudicando o trabalho dos funcionários e o tratamento dos pacientes que têm enfrentado dias com temperaturas a 38 graus e sem ventilação nas salas.

O outro, é a questão de horas-extras durante o recesso dos servidores, entre 21 de dezembro e 3 de janeiro. A Prefeitura de Joinville se comprometeu a pagar 100% das horas trabalhadas nos plantões durante o fim do ano, mas o hospital, por ser uma autarquia, decide separadamente, e ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A reivindicação do Sinsej foi oficializada há cerca de 30 dias e obteve resposta no início da semana passada mas, segundo o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, a direção do São José não se pronunciou.

— A gestão de pessoas da Prefeitura respondeu a favor, se comprometendo a pagar horas-extras neste período, mas o São José, que tem autonomia para decidir, jogou a responsabilidade para a Prefeitura —, afirma Ulrich.

Segundo o diretor executivo do hospital, Fabrício Machado, apesar de ser uma autarquia, o São José precisa da aprovação da Prefeitura para assumir o mesmo compromisso.

— O hospital depende da folha de pagamento da Prefeitura. Estamos aguardando a decisão do gabinete, mas ainda não tivemos nenhum pronunciamento —, afirma Fabrício.

Se a direção da unidade de saúde não oferecer uma resposta positiva ao sindicato até a manhã de quinta, os servidores planejam realizar uma nova paralisação, desta vez para verificar a adesão em uma greve que começaria na segunda-feira.



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