A operação deflagrada em secretarias municipais, residências e empresas de Blumenau na manhã de segunda-feira é resultado de investigações do Ministério Público de Santa Catarina, ocorridas desde 2006.
A Operação Tapete Negro, como foi denominada, cumpre 37 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em diversos órgãos públicos do município, empresas e residências.
O Ministério Público de Santa Catarina divulgou nota na manhã desta segunda-feira sobre a abordagem. As investigações apuram crimes cometidos contra a administração pública, fraudes em licitações, desvio de verbas públicas, formação de quadrilha, dentre outros.
Segundo o Ministério Público, durante todo o procedimento foram investigadas mais de 30 pessoas, dentre funcionários públicos, empresários e empresas prestadoras de serviços de obras e engenharia.
O trabalho contou com o apoio de integrantes dos Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Crimimais (Gaeco) de Florianópolis, Joinville, Criciúma, Lages e Chapecó.
A operação foi batizada de Tapete Negro porque um dos principais focos da investigação foi a subcontratação, por parte de empresas vencedoras dos certames licitatórios de outras empresas participantes do esquema, para a execução das obras de pavimentação de vias públicas no município de Blumenau, informa a nota do MPSC.
O responsável pelas investigações é o promotor da 14º Promotoria de Justiça de Blumenau, Gustavo Mereles Ruiz Dias, que atua na Defesa da Moralidade Administrativa. Desde o início deste ano contou com o apoio do Gaeco de Itajaí.
As investigações estão agora sob coordenação da Procuradoria-Geral de Justiça, em razão da participação de pessoa com foro privilegiado por prerrogativa de função.