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FESTA DA LITERATURA EM CORUPÁ, A CIDADE DAS CACHOEIRAS

Quarta, 15 de maio de 2024

 

                                                    Por Luiz Carlos Amorim/Instituto Catarina Brasilis

                                                   (Luiz Carlos Amorim é escritor, jornalista, professor, editor e revisor. Natural de Corupá, é o fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA e das Edições A ILHA, com 44 anos de atividades culturais e literárias. Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Representante do Brasil em Salões Internacionais do Livro na Europa.)

Recebi convite para participar da FLIC – Festa Literária de Corupá, que aconteceu de 4 a 6 de abril na Cidade das Cachoeiras, promovido pelo Instituto Catarina Brasilis. O convite era para a abertura oficial do evento, no dia 4, e segui para Corupá com alguns de meus livros e as revistas SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA e ESCRITORES DO BRASIL, das quais sou editor, debaixo do braço. A abertura seria à noite, mas de manhã eu já estava na cidade e meu mano Ivã me levou ao Seminário Sagrado Coração de Jesus, de Corupá, onde acontecia a festa literária. Sim, porque a abertura seria à noite, mas já na parte da manhã havia palestra com escritor da região. Fiquei  impressionado com o teatro Padre Anchieta lotado de estudantes. O Instituto Catarina Brasilis e a Prefeitura da cidade, através da Secretaria de Educação e Cultura,  convidaram as escolas da cidade para virem ao Teatro Padre Anchieta e na manhã do dia 4 lá estava o Teresa Ramos, que quando estudei lá o sobrenome era o mesmo, mas o nome mudou. Há bastante tempo era Grupo Escolar, hoje já não mais.

Uma iniciativa meritória, trazer os leitores em formação para ter contato direto com autores e livros. Corupá não tem uma livraria, mas a feira do livro montada no Seminário Sagrado Coração de Jesus era bastante grande, oferecendo uma variedade enorme de livros, desde best-sellers até os clássicos, passando por grande quantidade de livros infantis, é claro.

Sou nascido em Corupá, com muito orgulho, e foi gratificante, ao chegar ao Brasil, voltando de Lisboa, onde morei por algum tempo, ver que minha terra estava promovendo um Festival Literário. Tive o prazer de encontrar lá a organizadora da Feira do Livro de Joinville, Sueli Brandão, que deu uma “mãozinha” na idealização da festa de Corupá. Encontrei também uma escritora da cidade, cronista das boas, Ingelore Werner Eipper, que é casada com Eddy Edgard Eipper, um colega de primeiros anos de escola, lá no Teresa Ramos. Feliz encontro com tão boa gente.

O Festival Literário de Corupá contou, também, com uma ampla feira do livro, que ofereceu milhares de obras de todos os gêneros. Meu livro “O Vale das Águas”, crônicas sobre Corupá, a cidade das Cachoeiras, também estava lá e está na lista dos mais vendidos.

Também aconteceram palestras, shows de música, exposição de arte, varal literário, sarau com declamação de poesia, lançamentos de livros e apresentação dos escritores corupaenses, para divulgação e valorização de suas obras, etc. Um acontecimento cultural e artístico na nossa pequena/grande Corupá, um festival literário que promete muito mais para próximas edições. No próximo ano não poderei participar, infelizmente, pois estarei na Europa, participando do Salão Internacional do Livro de Genebra e das Feiras do Livro de Lisboa e Porto. Mas terei muito prazer em participar em próximas edições e desejo sucesso cada vez maior para esse empreendimento cultural da  nossa querida Corupá. A realização desse evento é um marco para Corupá e dou meus parabéns ao Instituto Catarina Brasilis, pela iniciativa. Na continuação, mais detalhes da festa literária.

 

RESUTADOS POSITIVOS ALÉM DA EXPECTATIVA

Público presente supera as expectativas e escritores corupaenses recebem homenagens

 

A primeira Festa Literária de Corupá (FLIC) encerrou coberta de êxito, apóstrês dias repletos de atividades dedicadas à leitura, literatura e arte. Realizada  no Seminário Sagrado Coração de Jesus, belíssimo e tradicional cartão postal da cidade, o evento atraiu mais de 3.500 participantes e superou a expectativa de público. Corupá mergulhou em um ambiente cultural vibrante, celebrando a produção literatura local e as letras como um todo.

 

A FLIC ofereceu uma variedade de experiências, desde emocionantes contações de histórias até encontros com escritores, palestras inspiradoras e debates sobre temas contemporâneos. As rodas de conversa instigaram reflexões profundas sobre o poder das palavras, enquanto exposições de arte, oficinas temáticas, lançamentos de livros e performances artísticas enriqueceram ainda mais o evento.

 

 

 

A presença de música, artesanato e gastronomia complementou a atmosfera festiva, proporcionando um ambiente acolhedor para estudantes, educadores, escritores, artistas e toda a comunidade amante da literatura e da arte, assim como os leitores em formação, pois todo o evento incentivava a aquisição do hábito da leitura.

 

A contação de histórias leva o público a uma viagem incrível pelos contos e fábulas contidas nos livros. Cada palavra, cada olho que brilhava era um momento único. Sem dúvida a FLIC trouxe para o município e a região um encontro belíssimo entre a literatura, seus produtores e os leitores.

 

 

A Festa Literária de Corupá foi viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com a realização do Instituto Catarina Brasilis (ICB) e Ministério da Cultura. Conta com o apoio da Associação Empresarial de Corupá (ACIAC) e da Prefeitura Municipal de Corupá por meio das secretarias municipais de Educação e de Turismo, Esporte, Cultura e Lazer e o patrocínio das empresas WEG, com cota máster, Duas Rodas, Eletropoll e Indumak.

 

"Foi uma experiência verdadeiramente transformadora. Mais do que um evento, a FLIC foi uma oportunidade para nossa comunidade se unir, para os sonhadores encontrarem seu espaço e para os curiosos ampliarem seus horizontes. Foi um convite para mergulhar em histórias encantadoras, explorar ideias inovadoras e conectar-se com os talentos locais", enfatizou Roseli Siewert, coordenadora-geral da Festa Literária de Corupá e presidente do ICB.

 

Reconhecimento

 

 

A estreia da Festa Literária de Corupá foi marcada por um momento de reconhecimento ao legado literário deixado pelos talentosos escritores locais. "É fundamental honrar os autores desta cidade que generosamente nos brindam com suas palavras, dando voz à alma de nossa terra e nos enriquecendo com a magia de suas narrativas", afirmou Roseli Siewert ao instituir a homenagem "Reconhecimento FLIC de Literatura".

Como já disse, eu não poderei estar na próxima edição da festa literária de Corupá, mas como um dos objetivos do evento é homenagear os escritores da terra, eu sugeriria que quando eles fossem apresentados ao público, fosse também lida uma pequena biografia, pois alguns de nós não moramos mais em Corupá e o público jovem, que compareceu em massa levado pelas escolas, não nos conhecem e seria interessante saber o que cada um fez ou está fazendo em sua carreira literária. Senti a falta disso nessa primeira edição.

 

Durante a cerimônia de abertura da FLIC, 19 escritores locais foram homenageados, são eles: Astrid Lindroth, Célia Lima, Celita do Nascimento Paterno, Darci Rutzatz, Doralice Ulrich, Fábio Tobias Cardoso, Harri Lorenzi, Ingelore Werner Eipper, Jiane Elisa Winter, José Kormann, Katia Twardovski, Luiz Carlos Amorim, Marilei Silveira de Abreu, Paulo Jark, Renate Wedderhoff, Roseli Fossile, Simone Giacomozi, Sueli de Souza Cagneti e Valério Paholski. Nem todos estavam presentes, na oportunidade, mas de seis ou sete escritores que compareceram à abertura, foi dada a palavra a apenas três ou quatro deles. Achei que todos deveriam poder se dirigir ao público e poderiam estar todos sentados no palco e não em pé abaixo do palco. Essa foi a primeira edição da festa literária e serviu, também, de aprendizado para aquisição de experiência e sei que esses itens estão anotados para aperfeiçoamento em próximas edições.

Outros detalhes de bastidores, que infelizmente não são positivos, mas que temos que mencionar, porque não podem acontecer em próximas edições, aconteceram. Pelo menos no primeiro dia da Festa Literária, os estudantes que as escolas levaram para assistirem a palestra foram instruídos, não pelo instituto promotor, eu chequei: não podiam levar dinheiro e, portanto, não podiam comprar livros na grande feira do livro que fazia parte do evento. Uma pena. Não consegui saber quem foi o responsável, mas a presidente do Instituto Catarina Brasilis estava inconsolável, no dia 4, com o fato, assim como o dono da livraria que estava fazendo a feira do livro. Felizmente, foi só no primeiro dia, segundo a organização do festival, nos outros dois dias os pais compareceram com os estudantes e compraram livros, melhorando o desempenho das vendas. Isso é muito bom, pois mais corupaenses estão lendo mais livros. A festa foi uma boa oportunidade de adquirir novos títulos sem precisar ir às cidades vizinhas, como Jaraguá do Sul.

 

 

Sustentabilidade

 

 

Além da rica programação repleta de talentos locais e da conexão entre literatura e arte, a primeira edição da FLIC abraçou a sustentabilidade, integrando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em suas atividades. Por meio desses objetivos, foram promovidas práticas relacionadas à saúde e bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, trabalho digno, crescimento econômico, parcerias e meios de implementação.

 

Durante toda a divulgação e ao longo do evento, a FLIC incentivou os participantes a trazerem suas próprias garrafinhas de água ou copos reutilizáveis, contribuindo assim para a preservação do meio ambiente enquanto desfrutavam da festa literária.

 

O Instituto Catarina Brasilis, entidade promotora do evento, é também signatário do Movimento ODS Santa Catarina, comprometendo-se assim com a realização e apoio a causas voltadas para a construção de um mundo melhor e mais sustentável para todos.

 

“Foram momentos lindos, cheios de encanto e magia, de união e colaboração, de aprendizado e empatia. Estamos felizes com o resultado e confiantes em uma segunda edição”, concluiu a Gabriella Eger Lux, secretária executiva do ICB e coordenadora cultural da FLIC.

 



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