Sônia Pillon nasceu em Porto Alegre e desde 1996 reside em Jaraguá do Sul.
Formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto pela Univille, atuou como repórter, editora, redatora e assessora de imprensa, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Por mais de 10 anos trabalhou no jornal A Notícia.
É autora de “Crônicas de Maria e outras tantas – Um olhar sobre Jaraguá do Sul” e “Encontro com a paz e outros contos budistas”, com participação em antologias de contos, crônicas e poesias.
Publica também no blog soniapillon.blogspot.com e na fanpage "Sônia Pillon Escritora". É Presidente de Honra da Seccional Jaraguá do Sul da Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina (ALBSC).
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Por Sônia Pillon
Vivemos tempos bizarros. Nem em nossos maiores delírios poderíamos ter imaginado o que seria, ou o que sobraria, deste fatídico 2020. A pandemia do novo coronavírus chegou incontrolável e devastadora. Nos países pobres, de populações vulneráveis, e até nas nações mais poderosas, o número de infectados e de mortos cresce a cada dia.
E no Brasil não poderia ser diferente. Considerando a extensão territorial e as diferenças regionais encontradas pelo país afora, a situação é bem preocupante. Mesmo assim, vejo constantemente pessoas aglomeradas, sem máscaras, ou as utilizando de forma incorreta. Aos finais de semana são constantes as denúncias de festas lotadas e sem seguir as normas sanitárias que o momento exige.
Mas por que tantas pessoas continuam agindo como se nada estivesse acontecendo, colocando em risco a própria vida e a dos demais? Por que continuam a negar as evidências, se agarrando a desculpas esfarrapadas de que “tudo não passa de política”? Porque é mais fácil negar, espernear, fechar os olhos para a verdade do que promover uma mudança de hábitos, um esforço pelo bem coletivo, é óbvio! Negacionistas sempre negarão a tudo que vá contra seus interesses e conveniências. Tem sido assim ao longo da História.
E nem precisa voltar muito no tempo. No século 20 tivemos a 2ª Guerra Mundial, a luta dos Aliados contra o Nazismo de Adolf Hitler, o vergonhoso e cruel extermínio dos judeus. Porém até hoje existem os que negam, ou colocam em dúvida os seis milhões de mortos no Holocausto.
Na década de 1960 tivemos o advento do Homem na Lua, televisionado e exibido incansavelmente nas últimas décadas. Já ouvi dizer mais de uma vez que a chegada dos astronautas na Lua não passa de “propaganda dos norte-americanos”. E não existe argumento possível para que esses céticos voltem atrás em suas opiniões...
Negacionistas sempre negarão...