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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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Dom 24 de setembro de 2017 - 25º Domingo do Tempo Comum


 

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MENSAGEM DO EVANGELHO

        Neste, 25º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mateus 20,1-16a, traz a primeira das três parábola da vinha e só se encontra em Mateus e é uma das parábolas mais conhecidas. Esta parábola pode ser lida e interpretada em três visões: ‘Histórica’: Mostrar que a bondade de Deus pelos pagãos que entram na Igreja; ‘Espiritual’: Mostra que a bondade e a retribuição de Deus vai além do que podemos imaginar, e diante de Deus somos todos iguais; ‘Sociológica’: Mostrar a situação social diante do desemprego da época e o direito à justiça. Este dono da vinha simboliza o agir de Deus. É o que chamamos de ‘passivo divino’, quando ações humanas querem demostrar ações divinas.

A vinha é o povo de Deus, chamado a produzir os frutos do Reino dos Céus: o amor a Deus e ao próximo. O Senhor não se cansa de vir e voltar ao nosso encontro para chamar-nos. O chamado é um convite continuo. Este era o valor legal que se pagava a um trabalhador pelo trabalho de um dia completo. A sequencia dos diversos chamados, são feitos em horas diversas como, na mentalidade da época, eram divididas as partes do dia: às 9:00, terça; às 12:00, sexta; às 15:00, nona; às 18:00, décima segunda. Os últimos são chamados às cinco da tarde, quando faltava apenas uma hora para se concluir a jornada de trabalho. Os últimos chamados estão na praça. Eles não foram trabalhar porque ninguém os contratou. Isso indica o alto grau de desemprego da época e a vulnerabilidade de quem dependia da oferta de trabalho dos outros.

A surpresa e o exagero da parábola começa pelo tratamento dado àqueles que foram contratados por último e que só trabalharam uma hora. Estes recebem o valor, como se tivessem trabalhado o dia todo: paga-se o justo e não o legal. É uma característica de Mateus: a justiça vai além da lei. Pela lei, Maria teria sido apedrejada, mas José era um homem justo e não a denunciou; as primeiras palavras de Jesus são que todos devem praticar a justiça; a busca fundamental é o Reino dos Céus e sua justiça. Mateus é o Evangelho da Justiça. Os trabalhadores que trabalharam o dia todo imaginavam que receberiam um valor superior àquele que foi prometido. Resmungam e murmuram. Eles representam os judeus, Israel, que julgam ter direitos e privilégios porque vieram da Antiga Aliança e não querem ser comparados aos pagãos que entraram na Igreja pou último. O agir do patrão, agir divino, é com justiça e bondade. Primeiro, o chama de “amigo”. E depois esclarece seu agir. Ele não foi injusto. Pagou a este o que foi prometido. Mas quis fazer justiça aos demais trabalhadores que não tiveram a sorte de serem contratados no início do dia. Eles precisam da moeda de prata de cada dia para alimentar sua família. Os primeiros não podem reclamar e ter inveja só porque Deus é bom e justo. Os primeiros serão os últimos, e os últimos, primeiros. Quem deixa tudo para trabalhar na vinha, vai receber uma grande recompensa. A recompensa é dom da graça feita a todos, a começar pelos últimos. Esta parábola destrói a lógica da posse e da pretensão: minguem pode apresentar seus méritos para obter o que é puro dom da graça! Os últimos chamados são Israel e a Igreja; os primeiros chamados, em segundo lugar, estão em Israel e na Igreja.

São como Jonas: entristecem ao ver que Deus é “misericordioso, clemente, longamine e pleno de amor”. Vangloriam-se de seus bens espirituais, como o homem rico, de seus bens materiais. Parecem-se como o fariseu Paulo, que se gloriava de ser justo da justiça da Lei. Reprima o irmão mais velho, que se enche de raiva ao ver que o pai é bom com o filho pródigo. Este Evangelho contém a essência do Evangelho, da boa notícia anunciada por Jesus, como Lucas 15. Contesta a lógica do farisaísmo e do capitalismo, material ou espiritual. Não se opõe à lei ou à justiça, os trabalhadores da primeira hora receberam o combinado, que era justo, mas exalta a justiça. A lei e a justiça de Deus está num nível mais profundo do que a nossa lei e a nossa justiça: sua fonte é o amor e a liberdade; sua retribuição supera todo mérito. Não é prêmio conquistado pela justiça, mas dado pela misericórdia!

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