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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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Dom 17 de dezembro de 2017 3º Domingo do Tempo do Advento

Segunda, 18 de dezembro de 2017



MENSAGEM DO EVANGELHO

          Neste, 3º Domingo do Tempo do Advento, o Evangelho de João
1,6-8.19-28, convida a meditar inspirados por um dos hinos mais
bonitos da Bíblia, o prólogo de João. Este texto manifesta o grande
desejo e a iniciativa de Deus de fazer a salvação para a humanidade,
passando pela entrega da encarnação. Esse caminho salvífico é
preparado pelo precursor, sinal do Messias: João Batista. Ele mostra o
papel do verdadeiro apostolado: sempre apontar para Jesus, fazê-lo
conhecido e amado por toda a humanidade. No quarto Evangelho, João
nunca é chamado de Batista, o batizador, mas somente ‘João’. É ele
quem prepara o caminho para Jesus. No prólogo, duas insersões são
dedicadas a ele. Ele não é o Messias, mas aquele que dá testemunho do
Messias e que aponta o Messias: “Eis o Cordeiro de Deus”. Em sua
humildade reconhece: “É preciso que Ele cresça e eu diminua”. O termo
grego é ‘martis. O termo adquiriu o sentido de martírio dos cristãos
que morreram pela causa da fé. No Evangelho de João, o termo é
importante, significa quem dá o testemunho da fé. No capitulo 1,
ocorre 7 vezes; 7 vezes no capitulo 3; são 10 vezes do discurso de
João 5,31-39 e 7 vezes delas são precedidas pelo verbo ‘dar’. O
Evangelho termina com o testemunho do discípulo missionário amado.
Diferente dos Evangelhos sinóticos: Marcos, Lucas e Mateus, João
Batista não descrito por suas vestes diferenciadas, sob os traços do
profeta Elias, ou com uma alimentação de um asceta, separado do povo,
morando no deserto. Em João Evangelista, o centro é seu ‘testemunho’.
Esta é uma palavra muito forte no Evangelho de João. Ajuda a acentuar
a fé de João Batista, a testemunha por excelência e a fé da
humanidade, que abre as portas do coração para receber o Salvador. O
Evangelho de João dá nome para os adversários de João Batista. São os
mesmos adversários de Jesus! A luta de Jesus e dos que estão unidos a
ele não acontece fora da história, como se fosse uma batalha meramente
espiritual. Confronta o Reino de Deus com o modelo de vida dos poderes
religiosos da época. É preciso purificar as relações entre os homens
desde dentro, levando-os ao caminho de verdadeiro amor! Os judeus que
interrogam João Batista estão contra Jesus. Mas sua pergunta não se
refere ao Messias, querem saber: “Quem és tu?”. A resposta de João
Batista é surpreendente. Ele sabe que a grande questão que trazem em
suas intenções é sobre o Enviado de Deus, por isso sua tríplice
negação, afirmando: “Eu não sou o Cristo”. João Batista diminui
completamente, representado pela força da repetição tripla, típica do
judaísmo para fortalecer determinada ação. Isso, porque o Evangelho de
João guardará várias aplicações do “Eu sou” reservadas a Jesus, que
vão, pouco a pouco, desenhando o rosto do Messias, o Salvador que se
fez carne e levantou sua tenda entre nós. Quando João Batista
finalmente diz o “Eu sou”, apresenta-se como a voz “que grita no
deserto” para encorajar um novo êxodo. Nesse momento, resgata as
profecias do Antigo Testamento e define-se com uma expressão que todo
o Israel bem compreendia: ele era a espera. O texto de Isaías era uma
parte do Livro da Consolação, que falava ao coração do povo,
amenizando o sofrimento presente e lembrando que ele teria fim.
Qualquer israelita que sofresse se identificaria com esta expressão:
havia uma grande multidão aflita que esperava a libertação, como Deus
havia prometido a seus pais e à sua descendência. A encarnação do
Filho nasce do amor absoluto de Deus pelos homens. Independente de
qualquer assentimento, porque acontece naturalmente, como uma explosão
de compaixão eterna de Deus por suas criaturas. Quando João Batista
reconhece este caminho salvífico divino, grita a quem queira ouvi-lo
que não é possível conter o amor de Deus, que já está presente no
mundo. Este amor é infinitamente superior ao que eles esperam e se
reconheciam a grandeza da atividade de João Batista, iriam se
surpreender ainda mais com o esplendor do Messias, Deus no meio do
povo! João Batista vai tentando entrar no coração dos seus ouvintes: é
chegada a hora da salvação! No meio de vós está aquele que vós não
conheceis e que vem depois de mim: “Aquele que vem” é uma das
características do Senhor. Vamos a Ele porque Ele vem a nós. Se somos
‘êxodo’, saída de nós, ele é ‘advento’, vinda a nós. É o que João
Batista e cada um de nós, só descobre mais tarde, no dia seguinte. Ao
dizer que ele não é digno de desamarrar as sandalhas de Jesus, João
Batista está insistindo na superioridade daquele que vem. João
Batista, como Israel, é a esposa, cujo único Esposo é o Messias, que
ninguém esta em condições de substituir. Tudo isso aconteceu em
Betânia, para lá do Jordão, o rio que marca os confins da Terra
Prometida. O batismo de João Batista ainda está fora da Terra
Prometida: é precisa passar por ele como os escravos hebreus passaram
pelo Mar Vermelho e pelo Jordão, como um novo êxodo. O batismo de João
Batista conduz às portas da vida e da Liberdade, mas estas só serão
dadas por Jesus, o Messias, o Profeta, o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo. Este Evangelho é um convite para testemunharmos a fé
em Jesus, reconhecendo que Ele já está no meio de nós e levando essa
mensagem a todos os povos! É importante que, em nosso encontro com
Jesus Cristo, saibamos diminuir e permitir que ele seja Deus em nossa
vida. É dessa forma que vamos abrindo as portas de nosso coração para
que Jesus Cristo nos surpreenda e faça em nós infinitamente mais do
que esperamos. Seja fiel, ofereça o Dízimo



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