Dicas de Saúde – Unimed: credenciamento para o tratamento do câncer favorecerá a população

Há quatro anos, a cidade já oferece o tratamento quimioterápico para pacientes com a doença, mas com atendimentos particulares ou para conveniados da Unimed

A Oncoclínica disponibiliza todo o preparo quimioterápico, desde a admissão até a administração dos medicamentos, e poderia atender os pacientes via SUS (Foto Divulgação)

São Bento - Oferecer à população tratamento de combate ao câncer é hoje uma meta na cidade. São Bento do Sul quer ser uma referência nesta especialidade, mas enfrenta dificuldades para que o sonho se torne realidade. Com mais de 75 mil habitantes, o município se vê pronto para atender os pacientes do Planalto Norte Catarinense e evitar os transtornos causados pelas viagens às cidades vizinhas para receber a medicação. Porém, o processo é longo e exige muita mobilização política e da própria sociedade.

Há quatro anos, a cidade já oferece o tratamento quimioterápico para pacientes com a doença, mas com atendimentos particulares ou para conveniados da Unimed. A Oncoclínica, anexa ao Cemox, disponibiliza todo o preparo quimioterápico, desde a admissão até a administração dos medicamentos. A enfermeira Schirlei Cristina Pasold, responsável pela manipulação da medicação na clínica, reforça a importância de ofertar o tratamento público no município. "Como São Bento do Sul é uma região de serra, a dificuldade dos pacientes se deslocarem é muito grande", explica. "As saídas são de madrugada, muitas vezes em um clima de frio intenso e o deslocamento, principalmente após as quimioterapias, causam mal-estar aos pacientes", conclui.

SUS

O médico oncologista Maurício Bittencourt Rosa, responsável pelo atendimento na clínica, também defende a implantação para atender a região de São Bento do Sul. Ele luta pelo credenciamento do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para facilitar a vida dos pacientes. "A Oncoclínica é um braço da mesma clínica de Jaraguá do Sul que oferece o tratamento público para a nossa região", diz o médico. "Isso deveria facilitar o processo, mas as coisas não são tão simples". O médico conta ainda que tem esperanças de a cidade conseguir se credenciar. Entretanto, essa realidade é um caminho difícil, que depende de legislações estaduais e federais.  Resta agora aguardar o respaldo político.