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Temer vira opção para o Ministério da Defesa

Terça, 02 de agosto de 2011

Brasília/DF -  Nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff vem cogitando adotar no Ministério da Defesa a mesma saída à qual recorreu seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, quando perdeu seu ministro José Viegas, no fim de 2004: substituir o titular da pasta pelo vice-presidente da República. Na ocasião da demissão de Viegas, José Alencar assumiu o posto que Dilma agora pensa em dar a Michel Temer.

Na noite dessa segunda-feira, a presidente se reuniu com Temer por mais de uma hora. O peemedebista, entretanto, resiste à ideia. Seus fiéis colaboradores no partido têm dito a ele que, no papel de vice-presidente, está mais solto para cuidar da política. Como ministro, não teria tanto tempo assim. Além disso, Nelson Jobim não deseja deixar o cargo. Depois de ter irritado Dilma ao dizer que havia votado no adversário dela, José Serra, na eleição presidencial do ano passado, Jobim aproveitou uma entrevista dada nessa segunda-feira ao programa Roda viva, da TV Cultura, em São Paulo, para tentar reconstruir os laços com a presidente. Ele justificou a revelação de que votou no tucano alegando que “todo mundo sabia” das suas relações com o ex-governador paulista. “Não sou dissimulado. Sempre disse o que pensava e o que fazia”, destacou.

Jobim afirmou que gostaria de permanecer no governo e negou que a sua relação com a presidente tenha “azedado” depois de declarar abertamente que votou em Serra. O ministro também negou que exista pressão para que ele deixe o cargo. Em determinado momento da entrevista, fez algo raro: elogiou de forma exagerada a figura da chefe, até mesmo em momentos nos quais não havia contexto para tanto: “A presidente é extraordinária e minha relação com ela é ótima, não tem problemas”, disse, em tom enfático. O ministro afirmou ainda: “Estou no governo porque me dá prazer” e deixou claro que, se depender dele, não entrega o cargo. A entrevista foi veiculada na noite dessa segunda-feira.

Jobim não trabalha com a hipótese de deixar o governo, tanto que falou de planos para a pasta, como a formulação de um texto legal que dê garantias para projetos de longo prazo do ministério que comanda. Segundo ele, são projetos considerados estratégicos por Dilma e que não devem ser interrompidos caso sejam alvo de contingenciamento orçamentário. O objetivo da medida, segundo o ministro, é assegurar o investimento do setor privado a projetos de longa maturação. "São projetos estratégicos que possam assegurar que o setor privado possa investir num prazo de 20 anos para o cumprimento de um determinado projeto que tenha maturação de 10 ou 20 anos", explicou.

Sobre os escândalos no Ministério dos Transportes, Jobim disse que se trata de “ajustes” e que não enxerga uma crise. “Nós podemos pensar que o processo democrático é um processo tranquilo”, justificou. Segundo ele, não há problemas no fato de o governo examinar os contratos de obras em rodovias firmados por meio de convênio entre o Exército Brasileiro e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A Procuradoria-Geral da Justiça Militar investiga suspeitas de fraudes nos empreendimentos, que envolveriam oito oficiais, num desvio de recursos públicos que teria chegado a R$ 11 milhões.

Irritação

A irritação de Dilma com Jobim não vem de hoje. Na China, ela chegou a conversar sobre os caças russos com o primeiro-ministro Vladimir Putin, sem falar com seu ministro. Quanto à homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em Brasília, há um mês, Jobim ressaltou no discurso que FHC “nunca levantou a voz para ninguém”. O comentário soou provocativo, porque Dilma tem fama de se alterar com os subordinados.

Ainda naquele pronunciamento, Jobim citou Nelson Rodrigues de uma maneira dúbia, que desagradou não só à presidente, como a todo o PT. “Ele (Nelson Rodrigues) dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento.” Na época, o ministro disse que havia se referido à imprensa.

Fonte: Estado de Minas / Denise Rothenburg e Ullisses Campbell



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