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Professores e bailarinos discutem o papel da dança na educação e nos projetos sociais

Quinta, 28 de julho de 2011

Pensar sobre a inserção da dança em diferentes espaços também é uma das atribuições do Festival de Dança de Joinville. Nas tardes dos dias 25 e 26 de julho aproximadamente 150 bailarinos e professores se reuniram no teatro do Sesc para discutir, debater e buscar alternativas para tornar a dança uma ferramenta de inclusão social e de fomento à educação de qualidade.
O primeiro fórum, Dança em Projetos Sociais, foi conduzido pela bailarina e professora Thereza Aguilar. Ela falou sobre o projeto “Dançando para não dançar”, que nasceu do seu sonho de popularizar o balé clássico e ao mesmo tempo transformar a dança em instrumento de inclusão social de crianças e jovens carentes do Rio de Janeiro. Em meio aos diversos temas abordados, Thereza falou sobre como a conscientização das bailarinas em relação ao próprio corpo fez com que diminuíssem o número de adolescentes grávidas nas comunidades vulneráveis abrangidas pelo projeto.
 Alguns bailarinos integrantes do “Dançando para não dançar” também participaram do debate e contaram suas experiências. Um deles foi Luan Donato, bailarino participante do projeto e hoje contratado como solista na Companhia do teatro Landesbühne Sachsen in Dresden, na Alemanha.
O segundo fórum, “Dança e Educação”, aconteceu no dia 26 e foi conduzido pela professora Ângela Ferreira. Ela começou questionando por que escolher a dança como veículo para trabalhar em seus projetos sociais.  Segundo ela, em primeira mão os projetos sociais devem educar ou reeducar as pessoas, proporcionar a elas uma nova perspectiva de olhar o mundo e inserir-se nele. “Nesse ambiente não temos certezas, estamos sempre em processo, é essa postura que enriquece o debate em torno do corpo e da dança”, comentou.
Questões de gênero também foram bastante debatidas durante a conversa. Vários participantes falaram sobre o preconceito e o assédio sofrido por muitos meninos que optam pela dança como profissão e precisa combater a pressão social que impõe ao homem o papel de provedor de renda da família, o que obriga muitos a desistirem do balé para exercer uma profissão que lhes proporcione um retorno financeiro mais rápido.
Caroline Guimarães Valderamas, professora universitária, participou dos dois dias de fórum. Para ela, o mais marcante foi ver a determinação de Thereza Aguilar. “Ela precisou de muita força para conseguir tocar esse projeto. Fiquei impressionada com a oportunidade oferecida a estes jovens e com a mudança homérica provocada por ela nas comunidades. Vou levar isso para a minha vida”, disse.
Maristela Nocera, 42, professora de educação física, achou fantástica a discussão em torno da metodologia do ensino da dança conduzida por Ângela. ”Ela falou sobre como contextualizar os conteúdos e buscar uma abordagem ideal para cada faixa etária, com certeza usarei isso no Programa Dança na Escola que conduzo aqui em Joinville”.
Ambas as palestrantes mencionaram a dança como caminho para a transformação da sociedade, mas reconheceram que o percurso é longo e todos precisam lutar por ele.



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