Nova assembleia estadual será realizada dentro de quatro meses
Florianópolis/São Bento - A Assessoria de Comunicação do Estado divulgou matéria, nesta semana, informando: "O governo atendeu mais um apelo feito pelo magistério - antecipar o pagamento dos vinte e três dias de greve descontados na folha do mês passado. Ao comunicar o encerramento da greve em audiência com o secretário de Educação, Marco Tebaldi, a coordenadora estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Alvete Bedin, solicitou que o pagamento ocorresse o quanto antes. Tebaldi levou a reivindicação ao governador Raimundo Colombo, que determinou que se rodasse a folha de pagamento suplementar urgentemente e conseguiu que a Fazenda programasse o desencaixe financeiro para sexta-feira, 22".
DERROTA
O professor Leandro Bineck, que coordenou o movimento de greve local, explicou ontem, ao Evolução, que na segunda-feira, dia 18, foi decidida a suspensão da greve na rede durante realização de assembleia estadual da categoria - justamente porque a proposta do governo já havia sido aprovada na Assembleia Legislativa, no dia 13. "Isso significa uma perda imensa na valorização da categoria", afirmou. "A categoria encara esse momento como a pior derrota do magistério catarinense, pois não conseguimos aquilo que queríamos", frisou. Ele também destacou a "grande decepção com a Assembleia Legislativa e com os deputados, que votaram contra os professores e a favor do governo".
NOVA ASSEMBLEIA
A greve na rede estadual durou pouco mais de dois meses - sessenta e dois dias, exatamente. Os professores retornaram às aulas na última segunda-feira. A reposição das aulas já está ocorrendo - variando de acordo com a carga horária do professor e a adesão registrada em cada estabelecimento de ensino. Mesmo com a declarada "derrota do magistério", Leandro destaca que a greve serviu para a "conquista de avanços importantes em relação à união da categoria". Dentro de quatro meses a categoria deve realizar nova assembleia. "Se o governo não avançar em nossa pauta de reivindicações, os professores podem reiniciar a greve ainda este ano", avisa. Entre tais reivindicações, está a construção de uma nova tabela salarial e de um novo Plano de Carreira.