Justiça ainda não analisou o pedido que foi protocolado no final de junho
Joinville - Está na 2a. Vara Cível em Joinville (SC) o processo 038.11.029624-6 de autoria do Banco Fibra S/A que pede a recuperação judicial e falência da Busscar Ônibus, o primeiro pedido desde o início da crise que já derrubou milhares de empregos e mantém milhares de trabalhadores em situação de abandono, sem salários há quase 16 meses e outros direitos negados pelos acionistas. O Banco Fibra (www.bancofibra.com.br) tem R$ 3 milhões a receber da Busscar. Faz parte do Grupo Vicunha, que soma mais de 40 anos de atividades no Brasil. Além do Banco Fibra, o Grupo possui, entre outros investimentos, o controle societário da Vicunha Têxtil, e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), empresas líderes nos seus setores.
O pedido ainda não entrou em análise do Juiz, e segue o trâmite do judiciário, sem quaisquer manifestações desde a sua entrada no final de junho deste ano. O Sindicato dos Mecânicos está atento ao processo e cobra que a Busscar solucione essa questão para não prejudicar ainda mais os trabalhadores, já que se acatado o pedido, todo o processo que já avançou muito e bem na Justiça do Trabalho – uma ação certeira e correta do Sindicato - será remetido para a Justiça Comum, o que deixará todo o processo ainda mais lento, moroso e péssimo para os trabalhadores que já suportam tantos meses sem salários e direitos. No TRT/SC ainda não há data para a retomada do julgamento dos recursos da Busscar contra a sentença dada em Joinville.
O presidente João Bruggmann lamenta mais uma vez que a situação chegue a esse ponto, de pedido de falência. “Lamentamos pelos milhares de trabalhadores, gente de luta, de fibra que deu o sangue pela Busscar, e não recebe o respeito e pagamento de seus direitos, e agora pode ver tudo entrar na roda comum, atrasando ainda mais a justiça devida. Mas o Sindicato está atento, e espera que eles evitem essa situação pedida pelo Banco, e mais, que ainda apareça um investidor que resgate essa marca e imprima um novo ritmo, pagando os salários atrasados e retomando a produção”, afirma Bruggmann.