Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
MENSAGEM DO EVANGELHO
Neste, 4º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Marcos 1,21-28, mostra que a primeira semana ‘messiânica’ de Jesus tem um valor programático. Marcos depois de dizer quem é esse Jesus que nos convida a segui-lo, agora nos diz o que ele faz por nós: com a força da sua palavra, ele nos liberta do mal e para fazer o bem; a sua ação não será apagada, mas multiplicada pelas trevas que caem; na inatividade da noite, encontrará, na comunhão com o Pai, a força para prosseguir sua missão em outros lugares. Esse trecho, situado num sábado, provavelmente ideal, quem encontra Jesus e o segue entra num sábado sem fim! Marcos nos oferece um quadro da atividade de Jesus, o seu programa messiânico.
Em primeiro lugar, o ensinamento de Jesus. A Palavra, princípio da criação, é principio da redenção. Isso valeu para os contemporâneos de Jesus e vale para nos, que o encontramos na palavra da narração evangélica, que, sempre de novo, é testemunhada, anunciada, celebrada. A palavra tem o poder de nos levar a segui-lo, como fez os primeiros discípulos missionários. A palavra de Jesus, como tem o poder de chamar discípulos missionários, “segue-me”, tem o poder de vencer o espírito do mal, “cale-se”. Os Evangelhos a registram várias vezes.
Lendo o Evangelho, onde a Palavra continua a se fazer carne, nos aproximamos de Jesus e aprendemos a conhecê-lo. Nós o encontramos por meio da palavra da narração evangélica. Ela tem o poder de nos seduzir para o segmento. O primeiro efeito que tem sobre quem a segue é libertá-lo do espírito do mal. Precisamos sentir como ‘dirigida a nós’ a palavra do Evangelho. E perceber as reações dos nossos medos e as resistências do inimigo dentro de nós. Só assim podemos vencê-las.
Em seguida, vem o exorcismo, mencionados duas vezes em que se fala da autoridade de Jesus. A origem do mal está na mentira. A verdade tem o poder de desmenti-lo e de dissolvê-lo, como a luz que espanca e expulsa as trevas. Toda a atividade de Jesus tem a finalidade de libertar o humano do mal. O espírito do mal, em Israel, é chamado de “espírito imundo”: para o israelita, imundo é tudo o que têm a ver com a morte. É o oposto do Espírito Santo de Deus, que ama a vida e comunica-a. a ação desagregadora do espírito do mal não é definitiva.
Jesus veio desfatalizar a história e devolvê-la às nossas mãos. ‘Não deixeis para a serpente’, era o titulo de um livro de Harvery Cox na década de 70. Ele nos liberta com a palavra da verdade. A verdade é capaz de calar a mentira, responsável pela nossa escravidão, mostrando nossa realidade de filhos, e a realidade de Deus, que é Pai. Ele não é nosso rival, nem nosso carrasco, nem nosso estraga prazeres. Eis porque os exorcismos, abundantes em Marcos, são o sinal da vinda do Reino de Deus, visibilizado no fim da escravidão do homem. Não conhecer a presença do Reino de Deus é mentir diante da evidência. Jesus taxou essa realidade de pecado contra o Espírito Santo.
Seja fiel, ofereça o Dízimo!