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Michell Foitte

michell_foittehotmail.com

Psicólogo Clínico Gestalt-terapeuta

CRP 12/07911


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Camisas Xadrez – Cheque Mate

Terça, 01 de setembro de 2015

Há algum tempo, há um ano mais ou menos, uma querida amiga me disse: “Vou te confessar algo!”

Sendo assim, já me preparava para ouvir coisas de algum terceiro, ou, dela própria, tipo “o fulano foi traído”. “A tal pessoa exagerou no botox e ficou com o rosto torto”. “Meu marido cancelou meu cartão de crédito”.  Causos nesse estilo.

Porém, ela me disse o seguinte: “Eu achava horrível quando você usava aquelas camisas xadrez”. E em seguida ela explicou que era uma desatenção dela em relação à moda, já que muitas pessoas estavam usando aquelas estampas. E que ela mesma, depois de algum tempo, havia tomado gosto pela tendência.

Contudo, eu uso camisas xadrez a mais de quinze anos. E hoje quando eu vejo uma pessoa usando xadrez, eu sei que ela está na moda... Já quando vejo duas pessoas no mesmo espaço usando xadrez, fico em dúvida se não poderia ser uma dupla sertaneja. Digo isso porque em épocas outras, quem usava xadrez ou era grunge ou era uma toalha de mesa em uma cantina Italiana.

E muitas outras coisas ficaram num passado nem tão distante. Por exemplo, o telefone de disco. Como era gostoso “discar” nele, enfiando nos círculos dos números uma caneta esferográfica. Com o tempo ficava rabiscado de tinta ou dos esmaltes que saiam das unhas das mulheres. Particularmente, eu tinha um ódio quando o número de alguém tinha “0” ou “9”, pois ao discar esses quase que fechando um circulo, já que eram os últimos, às vezes o telefone saia girando junto com o dedo.

E da máquina de escrever, aqueles cleq, cleq, cleq e no final da folha um sonoro Plim! Acho que a máquina de escrever aliou o conceito de corpo são mente sã, pois além de datilografar era preciso aplicar certa força às teclas. Nem precisava ginástica laboral sabendo usá-la. E se pararmos para pensar na rapidez em que as coisas andam, o computador é que seria coisa do passado, já que é necessário primeiro digitar, depois ver se há papel na impressora, depois clicar no menu iniciar, imprimir. Já na máquina de escrever ao datilografar o papel já sai impresso.

Brincadeira à parte, que saudosas fitas K7, VHS, do Car-disk-Man. Aos mais novos calma; Não são siglas de partidos político. São apenas algumas lembranças desse grunge de camisa xadrez que escreve a coluna de hoje em um rascunho pardo. Desse grunge que come frutas direto do pé, sem lavá-las. Que come ovo frito e gemada, pois, é mais fácil o mundo acabar em 2012 do que os especialistas chegarem a uma conclusão a respeito dos malefícios ou benefícios do ovo. Deste que ainda toma água da torneira e de vez em quando – bem de vez em quando – bebe água do chuveiro enquanto arranha canções. Desse que usa camisas xadrez – dessas que voltaram à moda – não por estar na moda, mas, porque um dia se sentiu bem assim.

 

Michell Foitte está de férias e retorna na segunda semana de Setembro.

Texto publicado no JE em Maio de 2012.



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