Psicólogo Clínico Gestalt-terapeuta
CRP 12/07911
Termina Novembro... E aquele friozinho da estação passada se foi. Mudam as estações...
É Primavera, Verão, Outono, Inverno, Primavera, Verão...
Dezembro vem chegando. De repente o Natal... As vésperas do Ano Novo. E nesse período é comum fazermos um balanço da vida...
Lembro das vezes que subi na balança e o quanto mudei de peso. Inúmeras – recordo.
Estou em mudança.
Logo será Janeiro. Os fogos no Rio de Janeiro, logo é Janeiro nos rios. Iemanjá. São Bento.
“...Não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam...” Sim! Com certeza os amigos mudam colega Shakespeare, contudo, de alguma forma nós todos também mudamos...
Quantos Milkshakes eu tomarei nesse verão? Lembro da balança novamente... Minha consciência parece pesar mais do que eu. Quem sabe apele para os Shakes industrializados?
Analiso as conquistas, as perdas. Avalio o que deu certo e o que não deu.
Questiono meus relacionamentos. Encontro mais cabelos brancos do que no ano passado. Perco um bom filme na televisão por estar estudando de mais. Perco horas de estudos porque meu filho quer ver desenho animado comendo pipocas.
Envelhecemos.
Reencontro bons amigos e me rejuvenesço.
Descubro sorrisos que eu não sabia que possuía e me deparo com a melhor maneira de abraçar as diferenças. Mas, também encontrei as lágrimas quando algo estava disforme com os meus sentimentos. E compreendo que não importa se o que cada um faz seja do tamanho de uma gota de água.
Acredite!
Recebo um postal de um amigo que há tempos não falava. Uma carta de amor de um amor que achei que não me amava mais. Uma mensagem carinhosa da minha mãe pelo WatsApp. Um simples texto pelo jornal.
Engravido. Meu corpo muda.
As estrelas não se apagam apenas porque o céu está nublado.
O mundo está em constante movimento e mudança. Germina a semente, nascem as flores. Morrem as flores, nascem os frutos.
Eu estou mudando? Sim! Nesse exato momento.
Indispensável é o propósito de me compreender. De entender como as coisas mudam. Que eu mudo a cada fração de segundo.
E com tudo isso eu evoluo? ― me questiono.
Mudo como os ventos que mudam de direção. Reinvento-me. E assim sinto as brisas da vida.
É quase fim de ano. É o começo de um novo ano.
Amor e força sempre, Michell Foitte.