Psicólogo Clínico Gestalt-terapeuta
CRP 12/07911
Muitas pessoas se constrangem, e, isso ainda nos dias atuais, quando o assunto é masturbação.
Por mais que estejamos melhores informados, a naturalidade da conversa ou do ato nem sempre se evidência com nós mesmos ou nas relações que temos com nossos cônjuges, ou nas dúvidas que os nossos filhos têm. Falar de assuntos que estejam co-relacionados ao sexo é difícil para a maioria das pessoas. Primeiramente porque existe um percurso na história da sexualidade que vai permeando os caminhos da culpa ou do entendimento de que desperdiçar o sêmen – no caso dos homens – através da auto-satisfação seria perda de energia e de tempo. Esse último visto pela ótica do capitalismo e o primeiro pela moral cristã.
Em tempos de exposições cada vez mais frequentes por meio das tecnologias de comunicação e informação, onde as pessoas tendem a querer ter uma visibilidade e exibição como complemento à formação da identidade através das experiências de contato com outras pessoas, frente às virtualidades ou não; concomitantemente, o prazer solitário e ou o seu entendimento não é tão notório quanto se pense, ou seja, a intimidade ainda é algo a ser descoberto.
Isso quer dizer que não estamos falando apenas dos jovens quando o sentido da masturbação é antecipar o contato através das abstrações e da imaginação às relações efetivas afetivas sexuais, ou, dos adultos que não têm uma vida sexual ativa. E mesmo que a atividade sexual exista, o sexo não necessariamente exclui a masturbação, pois, as sensações a dois ou na auto-satisfação trazem diferentes prazeres.
Estamos falando da descoberta do prazer do sexo com quem amamos... Nós mesmos.