Psicólogo Clínico Gestalt-terapeuta
CRP 12/07911
Ou em muitas ocasiões é o pai e a mãe do esquecimento.
Passo constantemente em frente a bancas de jornal e mesmo nem sempre levando o noticioso impresso, observo suas publicações. Assim como, acompanho nos meios televisionados.
Aquilo que mais parece ser falta de criatividade pelas constantes replicações das matérias, nada mais é do que debates exaustivos sobre algum assunto, para que esse extenuante sujeito - tema - não caia num esquecimento, num vazio.
Entre eles, o assunto, poderia replicá-los novamente aqui neste texto: Corrupção, educação, saúde, segurança, seca, enchente, frio, calor, falta de creches, enfim. Mas não gostaria de promover um espetáculo acerca das tragédias, dos culpados, dos porquês dessas aberrações se repetem.
Embora a espetacularização da realidade, para muitos, ainda sirva como instrumento de venda. A dor do outro, o sofrimento alheio, a desgraça, tudo isso quando explorado se torna produto de comércio, da conversão da amargura e ânsia em lucro.
Ordem e progresso. Que tipo de verdade é essa que privilegiam apenas alguns?
Qual a verdade que estariam tentando nos vender?
Um Coliseu de paz? Um cândido Palácio do Planalto? Propostas e promessas?
Talvez em seu 1984, George Orwell tenha alguma razão. A deturpação da realidade ou da verdade de um progresso onde a “verdade” é apenas aquela que interessa. Sexo é proibido. Ignorância é força. Liberdade é escravidão.
Há tempos o ser humano virou um espetáculo, um show de horror com suas torturas e ódio, o poder arbitrário e ilimitado, a violência. O ser humano tornou-se um fantasma visível. A coisificação dos sentimentos e valores e a despersonalização do indivíduo de forma ordenada e progressiva. Um invisível e cego.
O tempo e a verdade... Talvez seja um grande órfão.