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Michell Foitte

michell_foittehotmail.com

Psicólogo Clínico Gestalt-terapeuta

CRP 12/07911


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Inclusão psicossocial

Terça, 13 de maio de 2014


Vivemos uma época onde alimentar sonhos e expormos nossas participações em determinados contextos parecem figurar como démodé e superficial;  uma geração onde cada um se volta para si, excluindo-se do contato com o outro.

Dessa forma temos cada vez mais o menos um do outro.

É visível e crescente a desigualdade social em várias esferas, mas torna-se um fundo desfigurado quando por hábito enxergamos esses outros como não-pessoas; quando aquilo que parece a se apresentar é apenas uma matrícula, um código de doença, uma forma isolada dentro de uma cultura do fútil e do consumo, da intolerância e do preconceito.

O outro... O outro para qual nosso olhar se volta são esses outros que estão dentro de algum contexto de exclusão e têm os direitos de cidadania vilipendiados e impedidos de interpretar a sua própria realidade. De modo que, por uma contingência de fatores, ignorou-se, ignora-se ainda, as várias formas de expressão que ficaram por tempos retidos àqueles que supostamente sabem, que raciocinam, que têm o poder da informação.

Engano cristalizado por uma convenção positivista construída durante anos. O que levou a uma fragmentação dicotômica entre polaridades: aquilo que é o normal e o anormal, certo e o errado, o eu e o outro, os que sabem e os que não sabem.

Tenho um acesso as minhas memórias e me lembro das palavras que um dia, em uma das aulas da especialização de psicologia, fizeram sintonia absoluta ao pressuposto assunto, quando os meus mestres disseram: “o anormal é apenas um exagero do normal”.

De fato, perde-se a integralidade do ser humano quando se exclui, desapropria todas as dimensões das capacidades de expressão, seja corporal, a da fala, do simbolismo da realidade. Exclui, expropria a sensibilidade, percepção, a capacidade criativa de apaixonar-se por realidades diferentes daquelas que se acredita serem unívocas e de apenas uma dimensão, ocorrências unipolares.

Incluem-se, então, os excluídos dos seus direitos sócio-político-ético- antropológico quando, eles tornam-se protagonistas de suas próprias ações.

O 5º Encontro de Gestalt-terapia, conhecido como GT Catarina, realizado em Florianópolis em Abril de 2014 fez uma belíssima menção à inclusão às diferenças. Contou com a participação dos diferentes sujeitos envolvidos nas 300 oficinas em Artes Integradas realizadas entre os meses de agosto de 2013 e março de 2014, juntos com a colaboração da comunidade acadêmica e clínica a pensar sobre os efeitos da inclusão psicossocial produzidos à partir do emprego das tecnologias de acolhimento à psicose desenvolvidos no Instituto Granzotto de Psicologia Clínica Gestáltica.

Compreender os sentidos das realidades complexas, o que não quer dizer uma realidade indiferente... É quando o surpreendente começa a surgir, em outras-mesmas palavras, é no acolhimento da diferença que percebemos as igualdades.



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