Psicólogo Clínico Gestalt-terapeuta
CRP 12/07911
(Psicologia Clínica: uma abordagem Gestalt-terapêutica)
Partindo da etimologia da palavra clínica, podemos escolher um outro rumo, para além de uma inclinação sobre o leito (klinikós, que se relaciona àquele que assiste junto ao leito (kliné). Clínica “pode ser entendid[a] no sentido de inclinar-se, mas, também, [no sentido] de produzir inclinações, mudanças de rotas e direção.” (AMARANTE, 2003, p. 58). Essa compreensão, a partir da expressão grega clinamen, parece-nos muito mais alinhada a uma clínica do acolhimento. “Clinamen é o movimento mesmo de desestabilização a partir do qual, no momento a seguir, nossa história e a natureza encontram uma nova composição, uma nova forma de relação.” (MÜLLER–GRANZOTTO;MÜLLER–GRANZOTTO, 2007, p. 21). Uma clínica da deriva, do imprevisto. A prática terapêutica, na abordagem gestáltica, caracteriza-se como uma abertura àquilo que de estranho, de espontâneo, acontece ao campo terapêutico.
Cada vez mais, o trabalho do psicólogo, nas mais diferentes áreas de atuação, é reconhecido em nossa sociedade. No que diz respeito ao Psicólogo Clínico, vemos um aumento na procura por seus serviços e uma conscientização maior em relação à sua função e às suas possibilidades de atuação.
Basta pensar nas articulações daquilo que afeta um consulente(paciente), da relação de campo, do organismo interligado ao meio. É diante do consulente, que essa relação de totalidade se dá, de vivenciar a vida daquele que está se consultando, de estabelecer um projeto integrado bi-pessoal (bipessoal), de se constituir uma mudança, o novo na mudança.
O psicólogo clínico gestalt terapeuta trabalha com a descrição das essências para estabelecer um contato verdadeiro e mais puro possível, para assim poder ajudar o consulente a desabrochar.
Podemos dizer que o psicólogo gestalt terapeuta, sabe que o saber não é particular do terapeuta; que o saber não está nas “mãos” do terapeuta e sim, no campo; é interagir com o consulente, frustrar, demandar e não demandar, desviar, acompanhar, orientar, “emprestar o corpo” e suportar a angústia.
A função do Psicólogo Clínico nessa abordagem, na Gestalt, é dar lugar para aquilo que é outro, o outro eu mesmo. Este que poucos conhecem a fundo, que só se revela no desvio, este que se mostra ou se esconde por traz de um nome, um trabalho, uma família, mas que aparece nas horas mais inesperadas para mostrar que existe algo que o inquieta, algo que transborda, algo que pede por um lugar. E, quando esse apelo é escutado, aquele que faz terapia se sente mais “inteiro”. (Seara, Ana. 2012).
Psicoterapia na abordagem Gestáltica também é um espaço para o acolhimento para as mais diversas produções/criações daqueles que não encontram um lugar social, daqueles que, de tanto serem demandados, rompem com toda a “ordem” e que na terapia encontram um espaço em que podem produzir e encontrar meios de se organizarem e encontrarem a autonomia.
*Dia 27 de Agosto é o dia do Psicólogo
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(Michell Foitte é psicólogo clínico gestalt-terapeuta CRP12/07911. Colaborador do jornal virtual de psicologia www.jornalemcontato.blogspot.com É colunista do Jornal Evolução www.jornalevolucao.com.br. É autor do livro: Versos em você. Dioesc, 2011. Atende na Clínica Imperatriz www.clinicaimperatriz.com.br. Fone:(48) 3245-6007. Atende no Instituto Müller-Granzotto de Psicologia Clínica em Gestalt-terapia www.mullergranzotto.com.br (48) 3322- 2122.