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Michell Foitte

michell_foittehotmail.com

Psicólogo Clínico Gestalt-terapeuta

CRP 12/07911


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Mães, filhas, sogras

Quinta, 09 de maio de 2013


Dois anos casada e Rutinéia ainda não havia passado por uma dificuldade daquelas. Sufoco que abalaria com a relação matrimonial de qualquer casal. Chacoalharia as bases dos pilares de uma família. E que principalmente as esposas abominavam. Outras mulheres? Reuniões até altas horas? Cuecas furadas? Não! Não era nada disso. O que pegou Rutinéia de sobressalto foi uma infestação de baratas! Isso mesmo. Uma infestação de baratas em sua casa.

Eram baratas saindo dos sapatos, dormindo sobre os travesseiros, tomando banho na piscina, e, não raro era encontrar algumas dessas cascudas assaltando a geladeira na madrugada...  Logicamente eram as que tinham sobrepeso.

O que fazer? Pensava Ruti.

Ricardo, o marido, não saberia a diferença entre um inseticida para com um odorizador de ar. Seria perigoso pedir para o Ricardo dedetizar a casa. A última vez que ele tentou fazer algo manual acabou passando com o cortador de grama por cima do registro de água. Pelo menos o jardim foi regado durante três horas consecutivas.

Pesquisar no Google? Mas nada de informações sobre baratas que após o banho de banheira preferiam se enxugar em toalhas Buddemeyer. Pelo menos elas saiam secas e não deixavam o rastro de patas molhadas pela casa.

Só “ela” saberia dar a resposta para as perguntas quase impossíveis de serem solucionadas. “Ela”, uma mãe. A mãe de Rutinéia. Que respondeu categoricamente a pergunta da filha: Um rato!

― Um rato, mãe?

― É minha filha, um rato dará jeito nas baratas.

E assim fez Rutinéia. Comprou um rato e o soltou pela casa.

Em dois dias o rato acabou com as baratas.

Só as mães sabem. ― pensava Ruti. Porém, por algum motivo o rato se achou o dono do pedaço e começou a atacar Ricardo e Ruti toda a vez que eles colocavam os pés para dentro da casa.

Lá foi a filha ter novamente um conversa com a mãe que deu como resposta: Um gato!

E o gato em duas horas expulsou o rato. Foram dias de paz até o gato arranjar uma namorada que era ciumenta e começarem as discussões e os ronronares em cima do telhado. Era impossível dormir. E toda vez que Ruti olhava para o gato com cara de insatisfação, a mulher-gato mostrava as unhas e partia para a baixaria.

Helena, mãe de Rutinéia, deu a solução: Um cachorro!

O cachorro expulsou os gatos. E por ventura o mesmo imbróglio aconteceu. O animal foi tomando o seu espaço e mordia quem tentasse adentrar a casa. Teve uma noite que Ricardo e Rutinéia tiveram que dormir no canil.

Foi preciso para resolver o problema chamar em sequencia um lobo marinho, um bisão, um crocodilo, um leão, um elefante.

E quando nada mais adiantava, dona Helena falou: A sogra.

A sogra de Rutinéia passou uma semana em sua casa, e mais nenhum bicho se atreveu a olhar de atravessado, a arreganhar os dentes, mostrar as unhas e muito menos se enxugar nas toalhas Buddemeyer.

Só as mães sabem. ― pensava Rutinéia.



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