Psicólogo Clínico Gestalt-terapeuta
CRP 12/07911
Darwin & Klein
A teoria de Darwin (teoria da evolução) estava certa ao dizer que algumas espécies evoluem e que os mais aptos às mudanças do meio ambiente poderiam sobreviver.
Calvin Klein percebeu isso também e logo personalizou as cuecas na tentativa de tirar o homem (gênero masculino) da extinção. Pretendia ele que os cuecas-de-plantão evoluíssem a partir da escolha das próprias cuecas.
Isso faz bastante sentido, pois a lembrança mais tenra que os homens têm de uma cueca ― isso dito pelos próprios homens em lágrimas ao resgatarem suas reminiscências em sessões de psicoterapia ― era da sua cor amarelinha e da estampa do super-homem de punhos cerrados socando o ar. À época, muitos hoje beirando trinta anos ou mais, se recordam que a capa do super-homem estampada na cueca tapava a pequenina espada do ThunderCats.
Interessante que até esses heróis das histórias em quadrinhos abusavam do uso da cueca: Super-Homem, Batman, Aquaman, etc. E tanto é verdade que todos esses heróis usavam a cueca por cima da calça e não estavam nem aí em mostrá-las em público... E aposto que a etiqueta era da Calvin Klein!
Mas, voltando à cueca amarela, o que os homens lembram também é que eles não tinham poder algum sobre ela. Elas, as cuecas, eram escolhidas por um ser que detinha o controle absoluto sobre qualquer outra espécie, e que é provavelmente o ser mais evoluído e mais adaptado ao meio que os demais... a mulher! Nesse caso em questão, a mãe, ou alguma figura materna.
Todos sabem que mãe e mulher, devido à evolução da espécie, se tornaram uma coisa só. Mas já volto a esse assunto!
Até então, na infância, na pré-adolescência, adolescência, é a mãe que tem o poder sobre as cuecas de um homem, e só quando o homem (masculino) consegue escolher a sua própria peça íntima é que ele evolui. Lembram do Super-Homem, do Cauã Reymond que vestia cueca vermelha na novela “Belíssima”, do Jesus Luz “Mash com ela”?
E por falar em Jesus, recordam que Deus fez o Adão e a Eva, e já naquela época a Eva falava: “Ei, Adão, que história é essa de andar todo peladão por aí, com esse badalo para lá e para cá! Vá logo vestir uma cueca!!!”.
Adão: “O que, Eva? Deus nem inventou isso ainda!”.
Eva: “É mesmo. Então se tapa com essa folha aqui: Vitis Vinifera Calvins Kleinis Parrerística”.
E assim foi inventada a primeira cueca... Escolhida por uma mulher.
Enfim, o interessante é quando o macho começaria a evoluir a partir das escolhas das próprias cuecas e de seu uso como apetrecho de galanteio para a captura da fêmea amada, através das cores exuberantes e fios diversos, espalhando as cuecas como demarcação de território pelos cantos da casa, em cima dos móveis, sobre os travesseiros. A fêmea instintivamente tira a identidade do macho, catando as cuecas como quem cata migalhas pelo chão... Daí vem a fatídica pergunta do meio extinto macho: “Mãezinha (a mãezinha nesse caso se refere à esposa), você não viu onde estão as minhas cuecas?”. Pronto! Adeus evolução masculina.
Lembrando da frase acima: mãe e mulher no decorrer da evolução tornaram-se espécies iguais.
Pois bem!
Tudo é uma questão dos mais adaptados para com os menos adaptados. Para o homem, quanto mais visibilidade uma cueca tiver, melhor para ele, mesmo quando ele perde o controle sobre elas. Para uma mulher, ser que é mais do que os outros seres, teve uma época em que as calcinhas eram praticamente a aerodinâmica de um tanque de guerra, e chegavam a tapar as nádegas ― e isso é muito parecido com as cuecas ―, então a mulher precisou evoluir e assim o fez. E hoje, graças a essa evolução da espécie, as nádegas praticamente escondem as calcinhas.
É por esses motivos que a coleção feminina de C. Klein é um sucesso.