Escritor e Poeta
Natural de São Bento do Sul,SC, casado com Karim Voigt, pai de 2 filhas: Daniela e Fernanda e 1 filho: Fábio Luis, 1 neta Giovanna e 1 neto Eduardo.
Membro da Academia Parano-Catarinense de Letras, ocupando a cadeira de nr. 41.
Membro da Diretoria da Oficina de Poetas - formação de jovens poetas nas escolas públicas.
Membro da Academia de Letras Infanto-Juvenil para Santa Catarina
Municipal de São Bento do Sul
Mérito Literário do Instituto Montes Ribeiro de Curitiba/Pr
Vivia enclausurada em seu pequeno castelo sem sentir que a vida pulsava com toda intensidade lá fora.
Olhava pelos minúsculos vitrais impregnados pelas sombras das madrugadas o movimento incessante nas ruas.
Vontade intensa, inconfessa de realizar sonhos de liberdade, fantasias que carregava em seu íntimo.
Arrepiava-se em imaginar-se passeando pela graciosa praça em frente e conversando com pessoas simples do povo nas calçadas.
Não fora criada para suportar este mundo cheio de ilusões e incertezas, traições e impurezas.
Os pais lhe haviam concedido incontáveis regalias, cercaram-na de todo o conforto e zelo e lhe deixaram uma imensa fortuna para que ela não necessitasse depender do mundo lá fora.
Mas nenhum ser humano é uma ilha, a natureza nos ensina que esta é uma lei que vale para todos, precisamos uns dos outros.
Certo dia Emília, este era seu nome, estava sentada no banco do bosque nos fundos da imensa propriedade e viu pendente de um galho de árvore um pequeno casulo.
Acompanhou por vários minutos a mudança, mágica transmutação : de uma feia lagarta presa em seu casulo à liberdade para uma bela e graciosa borboleta voejar livre qual fada madrinha pelos belos jardins floridos.
Livre, leve e liberta.