Assim como o Brasil é chamado o País das hidrelétricas, também pode ser chamado como o País do chuveiro elétrico, pois as histórias e as soluções se confundem.
Ao observar os outros países de clima mais frio, onde as instalações das casas têm outro conjunto de aquecimento, primeiramente para aquecer o ambiente e, subsequentemente, aquecer a água do banho.
Aqui a necessidade é inversa: temos como importância de necessidade aquecer o banho e eventualmente usar aparelhos para aquecer ou esfriar os ambientes. Isto faz a diferença na construção, pois no caso do clima frio resulta na instalação de um equipamento mais aprimorado: a caldeira, que é uma central de água quente para que ela circule dentro de casa e distribua calor através de radiadores (sistema de calefação) e também para consumos de banhos.
O sistema de caldeiras é a evolução do fogo dentro de casa, que desta forma foi posto para o lado de fora.
No Brasil o uso da energia elétrica é bastante difundida, por se tratar de aquecimentos medianos em relação aos lugares bem mais frios, permitindo assim economicamente o seu uso. E pela própria formação de imensas bacias hidrográficas foram logo surgindo diversas usinas para favorecer este consumo. Também o fato de não sermos abundantes em minas de gás natural, e carvão, não se desenvolveu a distribuição e o uso do aquecimento por estas combustões.
Tudo justificou desenvolver aqui um aparelho usando-se a energia elétrica, fazendo-se um “curto circuito” controlado, acionado pela passagem da água sob gravidade, então aquecendo-a e após a sua dispensa por derramamento, chamado de chuveiro.
Isto foi uma invenção brasileira da década de 40, sem autor definido - até Santos Dumont o aperfeiçoou, adicionando o seletor de quente-frio para o chuveiro. A empresa paulistana Sintex, existente ainda hoje no mercado, diz ser a pioneira na fabricação em série do chuveiro.
Hoje os chuveiros são mais modernos, em especial os fabricados pela empresa catarinense de Tubarão, a ThermoSystem, que desenvolveu pioneiramente o sistema “gradual e a distância” do seletor de calor para os chuveiros. Isto iniciou em 1989, quando o engenheiro eletricista Francimar Ghizoni Pereira foi desafiado pela sua esposa a resolver um problema doméstico - suas filhas não gostavam de tomar banho pela falta de acerto da temperatura durante o banho. Este seletor eletrônico dotado de uma haste para sua regulagem logo despertou interesse de fabricantes de produtos eletroeletrônicos e tomou proporções gigantescas através de sua industrialização, sendo exportado para diversos países mas com o grande foco no consumo do mercado interno, pois afinal o Brasil é o país do criativo chuveiro elétrico, que não para de se desenvolver e se tornar mais eficiente.