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Celesc: dono de empresa terceirizada diz que não tem cópia dos dados da estatal

Domingo, 16 de outubro de 2011

 

Responsável pela empresa que gerava as faturas de inadimplentes para cobrança decide falar pela primeira vez sobre o caso

Um dos personagens do possível sumiço de R$ 51,7 milhões na Celesc, o dono da Dogma, Claudio Sebastião de Oliveira, falou pela primeira vez sobre o assunto. As declarações dele ganharam importância porque a consultoria KPMG, quando descobriu o sumiço do dinheiro, foi informada de que os dados referentes ao valores desaparecidos estariam com a Dogma.

Tudo falso, garante Oliveira, afirmando que nunca “todos os dados” da Celesc passaram pela empresa dele. Ressalta que a estatal é imensa se comparada à Dogma.

A distribuidora fatura R$ 6 bilhões por ano e o contrato com a terceirizada previa pagamento de R$ 5 mil por mês, num primeiro momento, e R$ 7,5 mil mensais após a renovação.

Ele diz, ainda, que todas as informações que possuía da Celesc foram encaminhadas à consultoria KPMG.

Durante a auditoria, questionado pela KPMG sobre os dados que faltavam, Oliveira enviou um e-mail para a consultoria comunicando que eles estavam num pen drive roubado em um assalto a outra empresa de sua propriedade.

As informações seriam sobre as faturas em atraso e justificariam os pagamentos à Monreal, que somaram R$ 133,3 milhões entre 2004 e 2009. O mesmo material não foi encontrado na Celesc e teria sido perdido durante a troca de sistemas de informática. Por isso, a KPMG não encontrou explicação para o repassea de quase a metade do valor que a Monreal recebeu.

A solução seriam os dados entregues para a Dogma, já que a empresa era responsável pelo software que gerenciava as contas a receber da Celesc. Mas Oliveira repete que tais informações jamais foram encaminhadas para a Dogma.

E acrescenta que qualquer pessoa racional percebe que o cadastro dos inadimplentes da Celesc, que engloba milhares de pessoas e empresas que devem centenas de milhões de reais, não caberia apenas num pen drive. Só não explica por que alegou isso em e-mail enviado à consultoria.

A auditoria da KPMG, além de não encontrar comprovações para os R$ 51,7 milhões pagos à Monreal, também constatou que os departamentos contábil e financeiro da Celesc tinham informações desencontradas sobre os pagamentos.

A assessoria de imprensa da estatal informa que o assunto é tratado por um inquérito sigiloso e que maiores detalhes devem ser obtidos com os diretores e presidentes anteriores.

Um dos presidentes da estatal à época e hoje vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, afirma que os dados estão na distribuidora e que serão encontrados pelo inquérito.

Presidente entre setembro de 2005 e janeiro de 2007, Miguel Ximenes de Melo Filho declara que pode ter havido algum erro, mas nunca em valores tão altos. Carlos Rodolfo Schneider, presidente de janeiro de 2003 a setembro de 2005, garante que o valor pago à Monreal nos dois anos de seu mandato não passou de R$ 6 milhões.

A informação bate com o levantamento do conselho fiscal da estatal, que aponta aumento de 2.571% nos pagamentos à Monreal no período de 2004 a 2008, com as maiores altas a partir de setembro de 2005.



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