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SOCIEDADE - GENTE QUE É NOTÍCIA - EXPORTANDO TALENTOS - A GAZETA 26=04

Segunda, 28 de abril de 2025


                                             EXPORTANDO TALENTOS

 

                                     Juíza da Comarca de Matinha-MA, Camila Beatriz Simm

 

 

Olá! Eu me chamo Camila Beatriz Simm, nasci em São Bento do Sul/SC, em 23 de fevereiro de 1992. Sou filha de Marcos Venício Simm e Carla Liane Stoeberl Simm, e irmã da Patricia
Simm. Passei minha infância e início da juventude em São Bento do Sul. Quando criança, adorava ir à Praça Getúlio Vargas. Provavelmente, os mais antigos se lembrarão do Pedro Pipoqueiro, figura carimbada da cidade. E, quase todos os domingos, ia à banca Gibi para comprar a revista Recreio ou figurinhas para (tentar) completar algum álbum. Estudei nos colégios São José (atualmente Bom Jesus) e Global. Os anos iniciais da minha formação foram importantes, porque as escolas da cidade proporcionavam maior integração entre alunos, pais e professores. A formação estudantil foi dinâmica, não se limitando a aulas expositivas dentro da sala de aula. Eram comuns as celebrações de dias festivos, dias religiosos, gincanas, feiras de ciência, publicações de livros de poesia e viagens de estudo. Aos 16 anos, fui a Curitiba terminar o ensino médio no Colégio Bom Jesus Centro. Foi aminha primeira experiência longe da minha família. Felizmente, a distância entre São Bento e Curitiba é relativamente curta, e meus pais sempre me deram o maior suporte. Contudo, como são-bentense recém-chegada à cidade grande, tive muito medo no início. Sempre andava na rua com pressa, com medo de ser assaltada. E a escola onde passei a estudar era imensa, sendo que os professores dificilmente nos conheciam pelo nome, já que ministravam aulas para centenas de alunos. Mesmo assim, fiz boas amizades na escola. Curitiba foi importante para a minha formação acadêmica e profissional, uma vez que concluí o ensino médio, ingressei na Faculdade de Direito (UFPR) e fiz meu Mestrado Acadêmico (PUCPR).
A escolha da profissão foi um momento tormentoso na minha vida, já que é uma etapa em que temos muitas inseguranças e sonhos. A escolha do curso superior é uma das primeiras
decisões mais importantes da vida de um indivíduo — e, para mim, não foi diferente. Optei pelo Direito, já que era um curso que me permitiria, em tese, maiores opções profissionais
(por exemplo, advocacia privada, concursos, área acadêmica e assim por diante). A faculdade foi um período muito importante, uma vez que novos horizontes foram oferecidos. Passamos a estudar o que realmente gostamos e temos contato com pessoas ilustres. Por exemplo, tive a oportunidade de ser aluna do hoje Ministro do STF, Luís Edson Fachin. Depois, o mestrado acadêmico me proporcionou muitos conhecimentos, porém percebi que minha vocação estava fora das salas de aula. Em razão disso, passei a estudar para concursos. Em 2015, tive a oportunidade de prestar concurso para o cargo de Procuradora do Município de Balneário Camboriú. Passei no concurso e comecei a trabalhar em 2017. Morei em Balneário Camboriú de 2017 até 2024. Foram anos em que eu cresci profissionalmente. Tornei-me operadora do Direito em Balneário Camboriú. Basicamente, meu trabalho era defender o Município nos processos judiciais e dar consultas jurídicas aos agentes públicos. Não era tarefa fácil, uma vez que a cidade é dinâmica e economicamente desenvolvida, sendo palco de diversos conflitos judiciais. Mas a dificuldade da missão era recompensada com a beleza e a qualidade de vida que o lugar proporciona. Eu, literalmente, morava no local onde as pessoas passam suas férias. Embora, enquanto os outros se divertissem em suas férias, eu estivesse trabalhando — e muito. Mas, nos dias atuais, passo as minhas férias no local onde eu trabalhava. É outro gosto, sem dúvidas. Fiz muitas amizades e conheci profissionais incríveis. Até hoje, guardo um carinho por todos e todas de Balneário Camboriú. Foi nesse mesmo período que percebi que minha vocação não era defender partes, mas dar a “palavra final”, ou seja, decidir a solução jurídica dos casos apresentados nos processos. Sempre tive um perfil de ouvir o que o outro tem a dizer e, de fato, levar os argumentos em consideração, mesmo que, ao final, eu entenda de forma diferente. Por conta disso, conciliei meu trabalho com os estudos para concursos da magistratura. Tive a oportunidade de conhecer todas as regiões do país. Conheci lugares como Rio de Janeiro, Vitória, Cuiabá, Belo Horizonte, Macapá, Rio Branco, Porto Velho e outros. Mas foi a magistratura maranhense que abriu suas portas para que eu pudesse ingressar. Após a aprovação no concurso, assumi o cargo de juíza substituta do Tribunal de Justiça do Maranhão em 24 de janeiro de 2024. Em seguida, iniciei o curso de formação, etapa obrigatória a todos que ingressam na carreira. Terminada a formação inicial, tornei-me juíza titular da Vara Única de Matinha. Como juíza, tenho muito trabalho. A profissão exige máxima dedicação, ultrapassando o horário comercial — sem contar que há finais de semana em que estou de plantão. Mesmo assim, o trabalho é muito recompensador. É nítido o impacto de uma decisão judicial na vida das pessoas que vivem em Matinha, cidade localizada na Baixada Maranhense. O povo do Maranhão é muito pobre e, por conta disso, o Judiciário é uma alternativa dada às pessoas para que tenham acesso a direitos humanos básicos que, muitas vezes, não são fornecidos de forma satisfatória pelo poder público. Além disso, identifiquei uma grande diferença cultural que precisa ser levada em consideração por mim, na qualidade de julgadora. Embora o Maranhão tenha me acolhido, guardo com carinho meus tempos de infância e juventude na minha cidade natal, São Bento do Sul (não chamo mais de São Bento, porque descobri que existe uma cidade chamada São Bento no interior do Maranhão). Sem sombra de dúvidas, apenas me tornei o que sou graças às minhas origens são-bentenses. Conheço o Brasil e vejo que São Bento do Sul é uma terra privilegiada, e, cada vez que retorno à cidade, percebo que ela está mais linda e próspera — apesar de ainda necessitar de atenção das autoridades públicas. Isso não ocorre em todos os lugares deste país, garanto. Posso dizer por experiência própria que São Bento do Sul acolhe e proporciona aos seus filhos as melhores oportunidades para o desenvolvimento. Por ato de gratidão, esses mesmos filhos devem retribuir essa generosidade com ações benéficas em prol da sociedade. Dedico este texto à nova geração de são-bentenses, os quais farão a diferença na sociedade — quer em São Bento do Sul, quer no Maranhão, ou em qualquer parte do mundo.
 
GENTE QUE É NOTÍCIA
                                                                                  Coronel PMRR - Amarildo de Assis Alves e sua esposa Chris curtindo a vida
                                                                                   Simone Natália Mafra Koslowski e Sergio Koslowski alegria e felicidade

                                                                                    Marlene e Sandro Kahlow curtindo a noite no Bentö
 
OFERECIMENTO
Ofereço a coluna de hoje ao amigo, dedicado e competente maestro Francisco Kamienski e sua gloriosa Banda Treml.
 
"As pessoas mais fortes que conheci não tiveram uma vida mais fácil. Elas aprenderam a criar força e felicidade em lugares escuros".
 

 

Descanse em paz Papa Francisco. Que sua memoria seja sempre reverenciada. Obrigado pelo exemplo.


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