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Indústria da Moda de SC cresce acima da média nacional em 2024

Quinta, 13 de março de 2025

Indústria da Moda de SC cresce acima da média nacional em 2024
Confecção de artigos do vestuário e acessórios cresce 10,3% e fabricação de produtos têxteis sobe 7,1% no período, superando as médias do Brasil de 3,9% e 4,8%, respectivamente
Consumo das famílias favoreceu atividade do setor em 2024, mas 2025 será mais desafiador. (Foto Freepik)

Florianópolis, 11.03.25 - A indústria da moda de SC - que engloba produtos têxteis, confecção de artigos de vestuário e acessórios e produtos de couro e calçados - apresentou um crescimento superior à média brasileira em 2024. O desempenho do ramo foi impulsionado pelo crescimento da fabricação de produtos têxteis, de 7,1%, e da atividade de confecção de roupas e acessórios, que avançou 10,3% em 2024. A média brasileira no período ficou em 4,8% e 3,9%.

O presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Têxtil, de Confecção, Couro e Calçados, Giuliano Donini, destaca que o setor teve um 2024 muito positivo, mas as projeções para 2025 são mais desafiadoras. “A indústria da moda catarinense precisa seguir investindo em tecnologia e inovação, na formação de mão de obra qualificada e na diferenciação para encontrarmos caminhos para justamente reverter a curva de tendência de desaceleração”, avalia Donini.

O economista Marcelo de Albuquerque, gerente de projetos em negócios de desenvolvimento industrial da Federação das Indústrias de SC (FIESC), explica que entre os principais fatores para o resultado, está o consumo das famílias brasileiras. “Em 2024, o consumo das famílias atingiu seu maior nível histórico, favorecido pelas baixas taxas de desemprego e também pelo ganho de rendimento real dos trabalhadores”, destaca.

De acordo com a análise do economista, a produção catarinense é destinada, na sua maioria, ao consumo doméstico, especialmente de outros estados. “A recuperação do Rio Grande do Sul após as enchentes contribuiu para o desempenho, com o consumo avançando 6,5% na comparação com o ano anterior”, avalia. Entre os maiores mercados consumidores brasileiros, destaque também para Rio de Janeiro (11,7%), Paraná (4,2%) e Minas Gerais (4,2%).

Reflexo nos empregos
O estudo da FIESC mostra que o crescimento da atividade econômica no Brasil e na indústria da moda trouxe impactos para o mercado de trabalho catarinense. Nos últimos 12 meses, o segmento têxtil, de confecção, couro e calçados apresentou saldo positivo de 2.184 empregos formais no estado, com destaque para a fabricação de produtos têxteis, com 2.707 postos, e a preparação de couro e fabricação de artefatos de couro com 184 novas oportunidades geradas. A confecção, no entanto, apresentou saldo negativo, com a redução de 707 vagas no período.

Donini destaca que o segmento é o maior empregador industrial do estado e o segundo em número de estabelecimentos.

Outro efeito no mercado de trabalho foi a elevação da remuneração média no momento das contratações no setor acima da inflação. O salário médio dos admitidos no último semestre de 2024 ficou 5,5% acima da inflação em relação ao mesmo período de 2020.



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