Estou aqui metendo o bedelho onde não fui chamado, mas o assunto merece muitas reflexões. Afinal de contas parece que estamos vivendo um tempo de IN...tolerância, ou tolerância zero. Eu acredito em uma coisa, esta história de quem chegou primeiro tem que ser respeitado é apenas uma balela. Se fosse assim os índios brasileiros não estariam despojados da propriedade que era toda deles. Também sem o poder econômico, as cidades não existiriam e estaríamos dividindo com os índios suas aldeias. Se foi construído pelos homens é porque eles chegaram antes. O progresso exige renúncias, desapropriações, desmatamentos. O que precisa é bom senso. Aqui estou escrevendo sobre a interdição da centenária sociedade Saengerhalle. Polêmica a parte, muita gente que está escrevendo e postando bobagens sequer conhece a referida ou já frequentou alguma vez. As coisas podem e devem ser resolvidas sem ofensas pessoais. Como as próprias autoridades já se manifestaram a Sociedade ignorou a determinação de adequação feita pelo Ministério Público. Lei se cumpre, e muita gente e outras já passaram por estas situações e acabaram cumprindo a determinação judicial. Quero aqui lembrar que fui neto e filho de ferroviário e também exerci a profissão. Não nasci dentro de uma estação ferroviária mas morei em várias delas por muitos anos. Praticamente toda minha infância. E, olha que naquela época movimentação de trens era 24 horas por dia com passagens e manobras para deixar e pegar vagões, fora os cruzamentos e os apitos das Maria Fumaça. Aqui se reclama da buzina das locomotivas diesel que passam a noite. Dias destes a TV Bandeirantes-SC, mostrou a indignação do padre de uma das mais tradicionais igrejas de São José com uma vizinha que denunciou pela frequência de muitos fiéis, e o barulho do canto que não lhe agrada. Festas e comemorações em casa estão se tornando impossíveis, pois sempre tem um vizinho que não foi convidado e se apressa em reclamar e chamar a polícia. Aqui e em Blumenau já ocorreram ações para que os sinos das Igrejas não badalem mais. E os carros de propaganda sonora, vendedores ambulantes que usam megafones para anunciar seus produtos, os panelaços e protestos com carros de som? E o vizinho que se delicia cortando grama domingo pela manhã ou lavando o carro com jato e ao secar levanta o volume do “sertanojo universitário”? Quando morei em Joinville (Rua XV), os ônibus anunciavam sua chegada no ponto de parada com o ruídos de um dispositivo nos freios. Ah! Tem a cachorrada, pois nesta semana mesmo o IBGE divulgou que em SC tem mais cachorro que crianças. Na Suíça, e por isto nunca quis morar lá, chuveiro elétrico em prédios não pode ser ligado após às 22:00 e choro de criança também não é permitido, já os cachorros tem que ter a garganta operada. Você já viu alguma criança brincar em silêncio, sem correr e gritar? Eu tenho dois gatos e que por serem castrados sequer miam. Aí você vai perguntar porque você não é castrado? Já passei da idade e hoje é usado só para fazer xixi. Morar no meio do mato irão reclamar do canto dos passarinhos. Tem mulher que atura ronco de marido e bafo de cerveja e ainda não pediu sua interdição. É triste mas é verdade, ninguém tolera ou se tolera mais. Os jovens tem que se isolar em chácaras nas raves e festivais de drogas, porque as festas em casa não são mais possíveis. Já imaginaram se Deus não tivesse sido sábio e se seio fosse buzina? Ninguém dormiria a noite. Também não podemos esquecer que nos dias atuais em qualquer cidade há os que trabalham a noite. Operários, enfermeiras, médicos, policiais, bombeiros, idosos, garçons, pessoas da limpeza, vigilantes, doentes, crianças e outra infinidade de pessoas que precisam dormir durante o dia. Quem os respeita? Não me venham que fazer barulho de dia é se vingar dos músicos que animam a noite e tiram seu sono. A verdade é que o fato de um prédio ser tombado, protege suas características externas, não impedindo que na parte interna sejam feitas as reformas necessárias para se adequar as leis. Também que outras sociedades centrais em São Bento do Sul não cumprem com as normas de isolamento. Na própria Justiça tramita processo contra dois promotores que casaram no antigo Novotel e a polícia foi acionada por moradores que não gostaram do barulho. Só mais um detalhe. Será que a mortandade ocorrida na boate Kiss teria ocorrido se lá não tivesse isolamento acústico? As cenas foram terríveis das pessoas quebrando paredes para tentar a fuga. Não teria sido melhor conviver com o barulho e a alegria dos jovens que lá se divertiam do que lembrar para sempre o silêncio da morte daquelas que lá pereceram, ou continuar sobressaltados com os gritos de desespero das pessoas, queimadas, pisoteadas e asfixiadas. Lembro aqui mais um fato. Certa vez estava eu a bordo de um avião que ia de Joinville para São Paulo. Lá pelas tantas fomos sacudidos com o aviso que tentaríamos um pouso forçado devido a pane em um dos motores. Pai Nosso e Ave Maria, foi o que mais se ouvia. Por outro lado o motor remanescente com ronco forçado fazia ganhar altura e perder. Foi aí que uma aeromoça chegou ao meu lado e perguntou se eu não queria mudar de lugar por causa do barulho. Mesmo com medo lhe respondi de pronto. Prefiro ficar aqui escutando o barulho, pois assim tenho certeza que ainda estamos voando. Sempre contei esta história para o pessoal que ia em minha casa para invadirmos a Intercontinental devido ao barulho que a fábrica causava. Sempre respondi, enquanto houver barulho está gerando empregos. Não vamos fazer disto uma guerra. Existem soluções, inclusive se não pode ter isolamento na sociedade, pode ter em casa. O que precisa é bom senso e aprendermos a viver em sociedade. Paz e bem.
PARABÓLICAS
Troca de nome
Ao lado do problema da atribuição de nomes sem merecimento ou em momento inoportuno, é comum a ciranda da troca de nomes, resultante da guerra ideológica, religiosa e até partidária, quando os detentores do poder agem com o propósito de prestigiar aqueles com quem de alguma forma comungam ideias e ideais. Tal prática patrocina o apagamento da história, o qual é nefasto à memória coletiva, pois escondem-se os fatos ocorridos e os personagens que deles participaram, impedindo que se conheçam os erros e os acertos do passado.
Por tanto, meu caro vereador Sabino, use sua sabedoria e tempo para objetivos maiores. A simples troca do nome do Pavilhão da Promosul em nada acrescentará ao seu currículo, além de desagradar aos que se sentirão ofendidos com sua proposição. A grandeza das ideias está em saber mudar de ideias. Só não muda quem nãos as tem.
Magno ainda não desistiu
Ontem, na entrada da Prefeitura Municipal conversei com o ex-prefeito e ainda pré candidato Magno Bollmann. Inicialmente brinquei com o mesmo questionando se ele estava rondando o "ninho". Magno me disse que ainda não desistiu do seu intento de novamente disputar o comando do Município. "Aguardo resultado de pesquisa e o Partido é que deverá decidir. Combinei isso com a Rosemari. Também aguardo uma posição do Governador sobre minha nomeação que está pendente e pode mudar todos os rumos", Impressionante que nos minutos que ali estávamos conversando, todos que por ali passaram, fizeram questão de cumprimentar Magno. Popularidade é que não lhe falta.
Diz que me diz
Na reunião de hoje sobre a Avenida São Bento, em determinado momento foi tocado no assunto Transpão e que a ponte não é problema como havia sido publicado. Não deixei o assunto passar em branco e me acusei como autor da publicação no que alguém da plateia mencionou que eu deveria melhor ter me informado. Pedi que a pessoa lê-se com atenção, pois no texto consta que a informação foi do vice-prefeito Tirso Humelghen. Também o prefeito Tomazini teria afirmado que a ponte serviria apenas como mirante. Não disse do que. No final mostrei na tela do celular a publicação para não ficarem dúvidas. Posso até aumentar, mas não invento.
Avenida São Bento
Triste e lamentável, mas um projeto que visa humanizar e dar cara nova para a Avenida, não prevê nenhum local de recuo para parada de ônibus e nem estacionamento para automóveis. Quem seguir do centro para o bairro e pegar um ônibus pela frente, vai até o final enfileirando atrás do buzão, Isso se chama mobilidade e modernidade.
Novos comandos
Empossados novos comandantes. Dos bombeiros assumiu o major Fabiano Galeazzi. Da Acisbs o jovem empresário Gabriel Felipe Weihermann. Parabéns e sucesso!
Competência
E, não me venham dizer que é sorte. Para dor de cotovelo da oposição, a Administração Tomazini obteve pelo segundo ano consecutivo o reconhecimento como uma das melhores cidades catarinenses, pelo Prêmio Band Cidades Excelentes. Concorrendo em três categorias, São Bento do Sul foi premiada na Governança, Eficiência Fiscal e Transparência e de Educação. Em Julho, em Brasília concorre ao Prêmio Nacional nas categorias.