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Uma sátira sobre o excesso de poder nas mãos de poucos

Segunda, 20 de maio de 2024

Diálogos divertidos, fatos tragicômicos e contradições humanas marcam o enredo de "O presidente morreu", de Felipe de Caux

Braço direito do chefe de estado e responsável por organizar os bastidores das principais decisões políticas, Alberto acorda com uma notícia inesperada: O presidente morreu! Título do romance de Felipe de Caux, o protagonista recebe essa mensagem e precisa tomar uma decisão rápida para não levantar suspeitas na população dominada por um governo ditatorial, que gera movimentos de insatisfação, mas mantém seu poder há anos.

Até encontrar uma solução, ele conta com a ajuda de Jeremias para esconder a informação do povo e de qualquer pessoa que possa vazar a história. Para ganhar tempo, os dois escondem o corpo até que Alberto encontre uma posição de segurança entre apoiadores, sustentada pela imagem do falecido. Mas isso não vai ser tarefa fácil: o homem morto é colocado no porta-malas de um carro, que desaparece na cidade fictícia.

Pensar em sua morte não lhe causava tristeza, não sentia amor por ele; verdade seja dita, ao final de tantos anos, já sequer o suportava. Porém, ele era uma peça necessária. Insuportável, mas necessária, pois era a figura central do governo, e só graças à sua imagem, ao seu carisma, foi possível manter o poder por tanto tempo. O presidente sempre conseguia cativar todos ao redor, com sua fala eloquente e educada, fruto de uma família abastada da alta sociedade. (O presidente morreu, p. 13)

A partir desta situação, o autor narra a história de personagens em um país que simbolizam diferentes ideais, conflitos e hipocrisias da sociedade. Nesta sátira com suspense, humor e realismo fantástico, os leitores conhecem vozes que estão próximas do mundo contemporâneo: há quem esteja comprometido com a luta pelos direitos humanos; gente que defende a ditadura sem saber como ela funciona; políticos mesquinhos dispostos a tudo para ter influência; jovens que enganam as próprias famílias enquanto buscam dinheiro fácil; e pessoas que desacreditam na ciência por não confiarem em especialistas.

O presidente morreu aborda temas atuais com uma escrita leve e sarcástica. Entre diálogos divertidos, descrições profundas sobre as contradições inerentes dos humanos e acontecimentos tragicômicos, a obra também conta com ilustrações do próprio autor, que recorre a desenhos em preto e branco para apresentar momentos-chave da trama.

Em uma espécie de jogo, os protagonistas precisam se adaptar a mudanças rápidas de cenário, formar aliados, analisar os possíveis nomes de confiança e encontrar caminhos para ganhar vantagem na disputa por poder. Apesar de crítico, Felipe de Caux adentra um campo neutro ao tratar sobre questões como alienação política, corrupção, diferenças de classe, desigualdades de gênero e desinformações - presentes em todos os âmbitos sociais, independentemente do viés ideológico.



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