O Distrito Federal integra à lista das unidades da Federação com tendência de redução nos casos de dengue. Junto com o DF, 9 estados compõem o grupo. São eles: Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.
De acordo com o Ministério da Saúde, o DF conta com 209.500 pessoas diagnosticadas com a doença, desde o começo do ano.
Entre 7 e 13 de abril, as autoridades de saúde registraram 3.200 casos, marcando uma queda em relação aos 8 mil casos da semana imediatamente anterior. Os dados foram divulgados no último dia 17 de abril.
A professora Loane Perdigão, que mora no setor Noroeste, foi uma das vítimas do mosquito. Ela relata que teve dengue no início deste ano e conta como sofreu com os sintomas e, por isso, teve que ser hospitalizada. “Acredito que as pessoas têm que se cuidar, passar os repelentes, ter cuidado em relação ao lixo, ao armazenamento das águas, para evitar fazer isso de maneira inadequada. Se fizermos uma campanha muito boa, acredito que teremos uma boa redução do número de casos de dengue.”
Em todo o país, desde o começo deste ano, já foram registrados 3,3 milhões de casos de dengue. Até agora, o Ministério da Saúde já confirmou 1,4 mil mortes pela doença. Apesar disso, a taxa de letalidade está em 0,03% ante 0,07% no mesmo período de 2023.
Segundo a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério, Ethel Maciel, isso mostra que o pico da epidemia já ficou para trás. “Neste momento, passamos pelo pico. Subimos a montanha e agora estamos descendo. Mas nessa descida ainda precisamos continuar em alerta”, afirma Ethel Maciel.
Segundo gestores e especialistas em arboviroses presentes no encontro de divulgação dos dados, a tendência de queda está relacionada ao fator climático, já que o país se aproxima do período mais seco e frio do ano — condições menos propícias para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
Apesar da alta incidência dos casos e da necessidade de combate ao mosquito Aedes, a dengue é uma doença que pode ser prevenida. E, para evitar a forma grave, o tratamento rápido e adequado é fundamental. A secretária Ethel Maciel explica que a dengue tem suas fases: “uma inicial com muita febre e uma segunda fase — às vezes sem febre — mas é nesse momento que os sinais de alerta podem aparecer e a pessoa precisa procurar o serviço de saúde”.
“Queria aproveitar para alertar os profissionais de saúde — não só a população — para prestarem atenção no quarto e quinto dia. A pessoa chega ao serviço de saúde, relatando que teve um diagnóstico de dengue e está se sentindo com enjoo, vômito, algum sangramento. [O profissional deve] Ficar atento porque é um caso de dengue, que está ficando grave”.
Os sintomas mais frequentes da dengue são febre alta e dor de cabeça, mas é quando esses sinais começam a ir embora, que outros aparecem, como:
Gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma — e procurar imediatamente ajuda médica. A mesma recomendação do Ministério da Saúde vale para pais e responsáveis de crianças pequenas que apresentarem algum desses sinais.
Mesmo com a tendência de queda no número de casos registrados no Amazonas, a população não pode descuidar. O controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo a melhor forma de não contrair dengue. Por isso, o Ministério da Saúde preconiza que apenas 10 minutos semanais são suficientes para vistoriar a casa e acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor. Confira alguns cuidados:
Olhar garrafas, pneus, calhas, caixas d'água;
Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.
Fonte: Brasil 61