Estratégias e ações contra a violência doméstica

Na tarde desta terça-feira, dia 26, no Plenário Vereador Luiz Contesini, ocorreu uma capacitação para os agentes comunitários de saúde de São Bento do Sul. Organizada pela Procuradoria da Mulher da Câmara de Vereadores, a iniciativa teve como objetivo equipar os agentes com o conhecimento e as ferramentas necessárias para identificar e agir diante de casos de violência e abusos contra a mulher, uma responsabilidade importante dada a sua proximidade com as famílias nas visitas domiciliares.

A Procuradora da Mulher, Karen Lili Fechner, iniciou o evento destacando a importância dos agentes comunitários. "É fundamental que vocês estejam preparados para reconhecer sinais de violência doméstica e oferecer o apoio necessário. Vocês são, muitas vezes, a primeira linha de contato e podem fazer a diferença na vida das pessoas afetadas", disse Karen, agradecendo a todos pela presença e, em especial, à Secretaria de Saúde, a qual liberou os profissionais para a capacitação.

Karen também explicou sobre o papel da Procuradoria da Mulher, a qual foi criada em 2021, pela vereadora Carla Hofmann. “Graças a isso, conseguimos realizar diversas ações, desde palestras nas escolas, atendimentos em sala específica aqui na Câmara de Vereadores, além de contar com o apoio contínuo do legislativo”, comentou.

O evento também foi marcado por uma palestra com o tema "Violência doméstica, o que fazer?", ministrada pela vereadora e advogada Carla Hofmann.

Carla abordou diversos aspectos da violência doméstica, incluindo os diferentes tipos de violência e os canais de denúncia disponíveis, como o 180 ou 190 para denúncias anônimas e ligações gratuitas. Ela enfatizou a importância desses canais. “O 180 funciona por telefone e WhatsApp 24 horas por dia, todos os dias da semana, em qualquer lugar do país”, disse.

A vereadora também apresentou alguns dados sobre a violência contra a mulher em Santa Catarina, como mais de 76 mil registros no ano passado, sendo 714 desses, em São Bento do Sul. “Em 2023, foram registrados 56 feminicídios, e até janeiro de 2024, já foram registrados 5 casos. Quanto às medidas protetivas, em 2023 foram concedidas 28.167, e em 2024, até o momento, já foram concedidas 3.018”, detalhou, complementando: “Por isso vemos em vocês, um grande aliado para a Procuradoria, para todas as mulheres”.

Ao final, foi aberto um espaço para perguntas e um café foi oferecido para os participantes. O evento contou ainda com a presença da presidente da Câmara de Vereadores, Zuleica Voltolini, e da ex-procuradora da mulher, a vereadora Terezinha Maria Dybas.