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29ª Schlachtfest, bebidas alcoólicas e adolescentes

Segunda, 29 de agosto de 2011

É permitido o acesso de meninos e meninas com idade inferior a dezoito anos desacompanhados de seus pais ou responsáveis? Que medidas serão adotadas para a fiscalização da venda de bebidas alcoólicas a menor de dezoito anos? Como serão recepcionadas, tratadas ou cuidadas as crianças e adolescentes numa festa regada a muito chope? Convém salientar: diga-se de passagem, uma excelente festa, senão a melhor festa do gênero em nosso país, indiscutivelmente a mais autêntica festa das tradições germânicas. Todo mês de setembro a Schlachtfest traz à cidade uma energia única. A sensação que se tem é de estar em uma pequena cidade alemã em festa, pois, além da arquitetura, a cidade toda se veste da cultura e aproveita os atrativos oferecidos durante o evento. Entre as medidas preventivas adotadas para os três dias de festividades estão a instalação de uma delegacia móvel nas imediações do evento e o aumento no efetivo da Polícia Civil e da Polícia Militar. As ações preventivas têm como objetivo tranquilizar o público e garantir agilidade no caso de registros de ocorrências. O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, o Cebrid, realizou, em 2004, uma pesquisa e constatou que 50% das crianças de dez a doze anos já tinham consumido bebidas alcoólicas. Até os dezoito anos, esta percentagem salta para 75%. Que tal a promoção da mesma pesquisa em nossa cidade? Os adolescentes estão começando a beber mais cedo. A situação é tão grave que vem assumindo contornos de calamidade pública no meio científico, no qual as pesquisas se intensificaram nos últimos dez anos. Em São Bento do Sul, onde temos falta de opções de lazer e cultura para crianças e adolescentes, a situação é muito grave. Basta darmos uma circulada nas baladas e locais da moda, para percebemos logo a gravidade da situação. Embora seja proibida por lei a venda de bebidas a menor de dezoito anos, meninos e meninas bebem quanto querem e nos mais variados locais. Postos de gasolinas, supermercados, bares, próximos a escolas, boates, clubes e festas. Vivemos num mercado descontrolado, estrategicamente favorecido pela indústria do álcool. Beber é muito mais danoso para o cérebro jovem do que para os adultos. O abuso de álcool na juventude faz com que o jovem fique cinco vezes mais propenso a se tornar alcoólatra na idade adulta. Nós, pais, consumimos nossa "cervejinha" e achamos tudo normal. Quanto mais desenvolvida a sociedade, maior é o controle que exerce sobre o consumo de álcool. Quando nós, pais, nos conscientizarmos de que as crianças tendem a repetir o que observam nos adultos, este quadro tende automaticamente a se modificar.

João Batista Gonçalves

São Bento do Sul/SC



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