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No Dia Internacional da Corrida, personal trainer comenta 6 mitos sobre o esporte

Quarta, 07 de junho de 2023

 

Todo mundo pode correr? Dá para fazer em qualquer lugar? É barato? “Na prática, pode não ser tão simples quanto parece”, afirma Bruno Sapo, que ressalta inclusive a deficiência do ensino básico do esporte nas escolas

Dia 7 de junho é celebrado o Dia Internacional da Corrida, um dos esportes mais praticados no mundo. Em tese, não precisa de muito para dar os primeiros passos como corredor. Mas será que o esporte é mesmo para todo mundo? Pensando nisso, o atleta, personal trainer e pioneiro em treinamentos funcionais, Bruno Sapo, desmistifica a atividade além do óbvio. O ponto é que mesmo sendo um esporte relativamente simples, também deve ser acompanhado por um profissional.

 

Confira:

 

1- “Todo mundo sabe correr”

 

Aprendemos a andar desde pequenos, mas correr por esporte pode não ser tão intuitivo assim. Entre um conjunto de técnicas para evitar lesões e outros problemas, esse é o principal ponto em que o acompanhamento profissional será necessário.

 

“A educação física escolar no Brasil ainda é muito deficitária. Muita gente sai sem os conceitos básicos, como correr, saltar ou fazer força. Às vezes a quadra da escola é aberta e quando chove não tem aula. Na comunidade ou no bairro, não tem estímulo à prática esportiva. Se trouxermos para realidade atual, nesse uso exacerbado da tecnologia, as crianças não correm mais. Nem todo mundo sabe correr, nem todo mundo sabe respirar numa corrida, não é só correr.”

 

2- “Para emagrecer, tem que correr”

 

Quem não é muito fã da corrida e quer perder uns quilinhos, pode respirar aliviado. O profissional garante que essa não é a única opção. “Se você gosta de uma outra atividade com predominância aeróbia como a bike, a dança, o remo, a natação, etc, combinado a um treino de força será a melhor solução. Se você gosta, é muito legal, mas se não gosta, não precisa se forçar só por causa desse objetivo, existem outros que podem ser utilizados também.”

 

3- “Dá para correr em qualquer lugar”

 

A corrida de rua pode parecer um dos esportes mais acessíveis, afinal, você teoricamente não precisa pagar para correr na rua. Mas Bruno destaca que a atividade pode se tornar bem excludente para determinadas pessoas nesse sentido. 

 

“Isso é desconsiderado para pessoas que moram em áreas de risco, comunidades que têm operações da polícia o tempo todo, lugares sem ciclovia ou ciclofaixa ao lado. São diversos riscos que podem impossibilitar correr naquele determinado local”.

 

4- “Correr é para todo mundo”

 

Quantas vezes você já pensou em começar a correr na próxima segunda-feira? Ou até realmente tentou, mas foi mais desconfortável que deveria… Calma, talvez realmente a corrida não seja para você. “Nenhum esporte é para todo mundo. Cada pessoa tem suas facilidades e dificuldades”, afirma Sapo.

 

Podem haver diversos problemas que impossibilitem alguém de correr. Desde problemas físicos como nas articulações de joelho e quadril, até simplesmente não gostar de esportes individuais. Há quem prefira atividades coletivas”.

 

5- “Correr é barato”

 

Na teoria, tudo o que você precisa é o seu corpo, certo? Errado. “A partir do momento em que você começar a se envolver com o esporte, vai precisar de tênis apropriado, roupa de treino, um relógio frequencímetro e existem as taxas de inscrição quando vai participar de alguma prova/maratona/corrida. Então, algumas coisas podem ficar caras. Mas nesse ponto, também depende de até aonde você quer ir com o esporte”.

 

6- “Correr envelhece”

 

Da mesma forma que não é o chocolate fora da dieta que engorda e sim o excesso, não é a corrida que envelhece e sim os fatores externos. “O que acontece é que você tem mais exposição ao sol, como em qualquer esporte outdoor. Então é necessário ter um cuidado maior com a pele, utilizando filtro solar”.

 

Saiba mais sobre Bruno Sapo

 

Os conceitos do futebol americano e os R$ 200 emprestados do pai foram suficientes para levar Bruno Sapo a se tornar uma referência em educação física. O TDS, como ficou conhecido o “Treino do Sapo”, foi desenvolvido pelo então atleta de futebol americano para jogadores profissionais, mas acabou conquistando o público geral do Rio de Janeiro. Quebrando barreiras, agora o personal vive em São Paulo, levou seu treino para a badalada Cia Athletica. “Preto, Profissional de Educação Física, anti-racista, treinador, ex-atleta, nerd e crossfiteiro”, como se descreve Bruno, através de seus posts no Instagram, o carioca se posiciona abertamente sobre temas que muitos não teriam coragem de falar e se evidencia ainda mais por isso.



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