Hoje não existe nos políticos compromisso ético com uma linha de pensamento de acordo com um programa partidário. Todos os partidos tem uma carta de princípios muito lida, aparentemente séria e todos os políticos se dizem seguidores dos cânones de seus partidos. Infelizmente, no caminhar todos estes fundamentos se perdem por outros interesses alheios a ética. As Cartas de Princípios de todos os partidos são iguais. Todos propugnam retidão, honestidade e moral elevada. A política brasileira nunca esteve tão doente como agora. E por quem? Porque os seus agentes estão todos contaminados, desde o berço até as entranhas mais íntimas. Ninguém está ai com o patriotismo, preocupado com o destino da nação. Cada classe se volta somente pela sua própria causa ou pior, cada individuo para sua causa individual. O próprio umbigo. O povo brasileiro tem na sua formação impregnado e moldado nos quase quatro séculos de escravidão, um conjunto de convicções e preferências valorativas que influencia na formação do povo e que lhe dá um status de completa irresponsabilidade política. E com o resultado gera dois grupos que intimamente associados dominam a coisa pública: 1) os potentados privados e 2) os grandes agentes estatais. É a essência do regime capitalista. O grande professor Fábio Konder Comparatto cita o historiador francês Fernand Braudel, para tal diagnóstico: “o capitalismo só triunfa quando se alia ao Estado; quando é o Estado”. E estes dois grupos se acham acima da lei e isentos de qualquer controle. De onde o fato de a corrupção, nas altas esferas do poder público e no setor paraestatal, ter sido até agora tacitamente aceita como costume consolidado e irreformável. Quanto às classes pobres, o longo passado escravocrata nelas inculcou uma atitude de permanente submissão. O pobre não quer exercer poder algum, prefere, antes, ser bem tratado pelos poderosos. Na verdade, o conjunto dos pobres jamais teve consciência dos seus direitos, por eles confundidos com favores recebidos dos que mandam. No tocante à classe média, seus integrantes procuram em regra atuar como clientes dos grandes empresários, proclamando-se, a todo tempo, defensores da lei e da ordem, desde que estas leis e ordem não interfiram na adulação que recebem da classe mais alta. E aqui perguntamos: como formar partidos éticos com esta matéria prima???... Toca a música...
A luta contra a corrupção
A bandeira da luta contra a corrupção é nossa e não dos desordeiros de direita e seus capachos analfabetos políticos e da história. A direita não tem moral, pois é herdeira da escravatura e da corrupção dos concentradores de riquezas e de renda. Muitos desses analfabetos arrogantes empinam seus dedos indicadores de ódio em direção à Brasília. Mas não existiriam um minuto sem corrupção. Muitos deles superlotam salas de aula e na hora das avaliações, colam e burlam o conhecimento. São sonegadores. No trânsito são violentos e afrontam o código de compostura dos condutores. Suas relações são falsas e eivadas de traições. Nos negócios são subornadores. Na indústria buscam vantagens nos roubos da qualidade dos produtos, nas medidas e pesos do que produzem e na competição desleal com seus concorrentes. Nos campos são jagunços, grileiros e bandidos. São egoístas e não visam o interesse coletivo, jamais. O centro do mundo para eles está nos seus umbigos e genitálias. Esses são minoria num caldo cultural como é a nossa civilização brasileira. O que dá a impressão de que podem alguma coisa é o dinheiro que despejam na corrupção e no suborno. O segundo tipo de analfabetos é o dos orgânicos que realmente se rebelam contra situações desumanas que ainda são partes da nossa realidade social. Face à sua ignorância e alienação, não por sua culpa, mas porque são explorados e arrastados pelos primeiros, não conseguem entender o que se passa nesta realidade. Esses são pessoas boas, generosas, afetivas e de espíritos justos. Quando se percebem enrolados pelos mentirosos de plantão, pelos analfabetos metidos a besta, saltam fora e buscam orientação com quem luta e estuda a realidade, iluminando-se na prática e nos referências teóricos. (Dom Orvandi, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central da Igreja Anglicana e professor universitário).
A lavanderia do futebol (Editorial Evolução) 29 de maio de 2015
Agora é a vez dos apostas
Há mais mistérios entre um campo de futebol, as arquibancadas e a cartolagem do que apenas uma bola e onze jogadores. O escândalo envolvendo os altos dirigentes da FIFA, expõe parte – pois a faxina total nunca será revelada – da corrupção, das fraudes e da lavagem de dinheiro que envolvem o esporte mundial. O mundo, redondo como a bola, parece estar totalmente contaminado. A ganância, impunidade, roubalheira, os escândalos estão a demonstrar que realmente o crime compensa. Certo ou errado agora só acredito na “Justiça”, aquela feita pelo ditador coreano. O resto é balela e só serve para encher os noticiários e logo em seguida serem esquecidas. O castigo é logo substituído pelo perdão e pela delação premiada. Quanto mais envolvidos melhor. Nunca se chega a um único culpado. Se a lavanderia no futebol internacional começa a ser detonada por algumas prisões, bom seria que começassem a abrir a caixa preta da CBF, das Federações e dos clubes profissionais. Ainda que sejam entidades privadas, atuam na esfera pública e, via de regra, recorrem aos governos para incentivos e até para anistia fiscal, como se vê há muito tempo em relação as dívidas com encargos sociais e previdenciários.
A falta de transparência de boa parte dos clubes profissionais, das federações e da própria CBF é que tem provocado desinteresse de torcedores e muitas dúvidas sobre atos dos dirigentes.
Já que o STF autorizou a divulgação dos contratos milionários e suspeitos do BNDES com Cuba, Venezuela, Angola e outros regimes autoritários, por que não abrir agora as contas destas organizações esportivas?
- Fim dos coaches
Diversos países, incluindo, Estados Unidos, Austrália, Alemanha e a União Europeia já aprovaram e estudam medidas para o uso de redes sociais, entre os principais tópicos de todas as regulações está a necessidade de embasar informações divulgadas em redes sociais, o que faz com que a titulação acadêmica e desenvolvimento de estudos na sua área de atuação se tornem fundamentais para diversos tipos de profissionais que utilizam a internet.
- A era dos coaches findou. Agora é a vez daqueles(as) que nunca tiveram uma profissão e que se tornaram da noite para o dia Influencers e que inundaram as redes sociais com seus aconselhamentos. Estes arautos do teclado sabem muito bem usá-los. O reumatismo do futuro não será mais nas pernas, mas nos dedos.
- Detentor das operações do Condor Super Center, Grupo Zonta compra rede Hipermais, cuja negociação precisa ser aprovada pelo CADE para concretização, e indústria plástica CIPLA.
No ano em que completa sete anos de atuação no mercado catarinense, o Grupo Zonta, que detém as operações do Condor Super Center, anuncia a aquisição de duas tradicionais empresas do estado: a indústria de plásticos injetáveis CIPLA e a rede de varejo e atacados Hipermais, cuja a concretização precisa ser aprovada pelo CADE.
- Mário César Pacheco, que quer por que quer ser prefeito, continua garimpando partido para disputar as eleições. Já tem gente dizendo que ele esqueceu de combinar com os russos.
- Profeta de plantão que está mais para feiticeiro, espalhando que Silvio Dreveck trocará o PP pelo PL, não atrapalhará a reeleição de Tomazine e nas graças de Jorginho ficará 4 anos da Secretaria em Florianópolis.