Avaliação foi feita por empresas e instituições durante o Encontro Estadual de Estágio, realizado nesta quinta-feira (18), em Caçador.
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Florianópolis - Muitas empresas de diversos portes e setores têm enfrentado dificuldades com a carência de profissionais qualificados. No entanto há outro fator que tem preocupado as empresas, o perfil comportamental dos futuros profissionais. Durante o segundo Encontro Estadual de Estágio, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC) nesta quinta-feira (18), em Caçador, empresas declararam que contratam pelo currículo, mas demitem pelas atitudes.
"Nós queremos muito mais que o novo profissional tenha um perfil comportamental adequado, porque capacidade técnica a gente ensina", enfatizou o gerente de relações humanas da empresa Rigesa, Geraldo Melo. Para ele, o programa de estágio responsável desenvolvido pela empresa tem contribuído para a capacitação destes novos talentos.
Melo acrescentou ainda que as empresas devem capacitar seus profissionais de acordo com as necessidades da organização. "É melhor você investir na capacitação do seu profissional e perdê-lo para o mercado de trabalho posteriormente, do que você não investir e deixar um profissional desqualificado trabalhando dentro de sua empresa", finalizou.
Para o gerente de recursos humanos da Tupy, João Paulo Schmalz, o estagiário é como um livro em branco. "Durante o período de estágio, você pode ir inserindo nele os valores e as competências necessárias para a companhia, fazendo com que ele se torne, possivelmente, um futuro profissional dentro da empresa".
Segundo Ricardo Romeiro, gerente executivo nacional de estágio e desenvolvimento de trainee do IEL Nacional, a questão comportamental é uma preocupação que atinge empresas de vários países. "Em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, cerca de 80% das altas gerências das empresas são demitidas por atitudes".
A geração Y também foi outro assunto de destaque durante o debate. Para o diretor da Madeireira Seleme e vice-presidente regional da FIESC, Gilberto Seleme, essa geração vem se inserindo muito rápido no mercado de trabalho e é preciso ser feito uma adaptação nas organizações. "A geração Y está trazendo inovações nas empresas conservadoras. Nós temos que aproveitar isso para nos modernizarmos", afirmou.
Durante o encontro, foram apresentados também as exigências da legislação de estágio, atualizada há quase três anos, o programa de estágio da empresa Rigesa, além da realização da solenidade de premiação das quinze empresas finalistas do Prêmio Catarinense IEL Melhores Práticas de Estágio 2011. Confira abaixo a classificação das empresas premiadas.
O prêmio, realizado em parceria com o Movimento Catarinense para Excelência (MCE), tem o objetivo de reconhecer as empresas que oferecem programas de estágio diferenciados, que respeitem a legislação e complementem a formação profissional do estudante.
O encontro, que reuniu cerca de 300 pessoas entre instituições de ensino, empresas e estudantes, marcou a data em que se homenageia os estagiários.
Confira abaixo a classificação das empresas vencedoras:
Categoria Micro/Pequenas Empresas
1° lugar: Instituto de Estudos Avançados - Florianópolis
2° lugar: todo! Soluções em Tecnologia - Florianópolis
3° lugar: Schramm, Hofmann & Vargas Advogados Associados - Joinville
4° lugar: Raumak Máquinas - Jaraguá do Sul
5° lugar: Laboratório Rio Deserto - Urussanga
Categoria Médias Empresas
1° lugar: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens Ltda - Três Barras
2° lugar: Procuradoria da República no Estado de SC - Florianópolis
3° lugar: Menegotti Indústria Metalúrgica Ltda - Schroeder
4° lugar: Centro Center Alimentos Ltda - Videira
5° lugar: Prefeitura Municipal de Calmon - Calmon
Categoria Grandes Empresas
1° lugar: Electro Aço Altona S/A - Blumenau
2° lugar: Coteminas S/A- Blumenau
3° lugar: Intelbras - São José
4° lugar: RBS - Florianópolis
Menção Honrosa: Tupy - Joinville