O candidato ao governo de Santa Catarina pela coligação Vamos Juntos Por Santa Catarina (PT, PSB, PCdoB, PV e Solidariedade), Décio Lima, participou hoje (11) da leitura da "Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito", na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Candidato do ex-presidente Lula em Santa Catarina, Décio é o único candidato a governador no estado a assinar a carta, cuja leitura ocorre nesta quinta-feira em uma mobilização nacional em defesa do sistema eleitoral e a democracia diante do autoritarismo do governo Jair Bolsonaro.
"A democracia é a estrada da esperança, é a estrada para solucionar os graves problemas que hoje o Brasil vive. Portanto, a democracia é de todos nós. E este ato aqui na UFSC é um marco para dizer: não abrimos mão da democracia. Sei que tem muita gente que ainda gosta do Bolsonaro, mas Bolsonaro não gosta de democracia, não gosta do Brasil e muito menos do povo catarinense", afirmou Décio Lima.
Ameaça autoritária
Em Santa Catarina, o ato reuniu mais de 300 pessoas e contou com a presença do candidato ao Senado pela Coligação, Dário Berger, a ex-ministra Ideli Salvatti; o reitor e vice-reitora da UFSC, Irineu Manoel de Souza e Joana Célia, além de entidades como o Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc), Central dos Trabalhadores (CUT), Grupo Prerrogativas, entre outros representantes da sociedade civil organizada.
"A ditadura e o fascismo, hoje, são vírus que assombram nossa frágil democracia. A disseminação da mentira e a manipulação da fé das pessoas viraram instrumento de forças políticas para que se naturalize a desigualdade, a miséria e a fome", afirmou o presidente da Apufsc, Bebeto Marques, durante o evento.
Ato nacional
A mobilização em defesa da democracia brasileira ocorre em todo país, após a divulgação da Carta pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, que já conta com mais de 900 mil assinaturas de juristas, políticos, artistas e outros representantes da sociedade.
Com origem nas universidades, o movimento acontece em meio à redução de investimentos federais na Educação. Até o momento, os cortes nas universidades e institutos federais já alcança 7,2% do Orçamento Federal, o que equivale a R$ 621 milhões.