Cléverson Israel Minikovsky (Pensando e Repensado)
Advogado
Filósofo
Jornalista (DRT 3792/SC)
Em Lucas 6,12-13 vemos que Jesus passa a noite orando, antes de escolher seus doze discípulos. Ele não escolheu os nomes por acaso. Assim como Cristo chamou os doze com um propósito Ele também nos chama com um propósito. Não fomos nós que escolhemos a Cristo, foi Ele que nos escolheu. Ele escolheu quem Ele quis. Ele planejou e arquitetou o nome de alguns. Deus ama a todos indistintamente, porém, confia mais em alguns, no dizer do apóstolo Luís Hermínio. Se você está lendo este artigo é porque participa do plano de Jesus. Não houve erro na escolha. Deus não erra nunca. Cristo chama pelo nome. Ele se importa com nossas particularidades. Nossos talentos são úteis para o reino. Você tem algo que eu não tenho e eu tenho algo que você não tem. Ele nos chama pelo nome porque tem intimidade conosco. Mas afinal de contas, por que Ele nos chamou? Para termos intimidade com Ele. Para estarmos em comunhão vertical e horizontal. Porque precisamos mudar de vida. Para agregarmos aprendizado. Somos chamados a pregar e não a converter. Devemos anunciar o reino. O reino de Deus não é comida e nem bebida, ele é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. E o texto bíblico diz que “Jesus os enviou”. O problema é que tem muita gente indo sem o chamado e muitos chamados que não estão indo. Jesus mudou o nome de Tiago, Pedro e João. A mudança de nome na bíblia marca uma nova fase. Significa mudança de vida da pessoa neonominada. Jesus tem algo novo para os selados com um novo nome. Assim é que Abrão é Pai da Exaltação e Abraão é Pai de uma Multidão. Sarai minha princesa e Sara princesa. Saulo em Paulo e Jacó em Israel. Simão foi chamado Pedro e Tiago e João ambos de Boanerges, que significa Filhos do Trovão. Estes três estavam com Cristo no monte Tabor, o monte da Transfiguração. Foram na ressurreição da filha de Jairo. Foram ao Getsêmani para orar à parte com Jesus. Jesus tem algo mais profundo para nós outros, Ele quer mudar nosso nome. Eu fico imaginando a cena em que numa multidão extremamente numerosa Jesus vai chamando os discípulos pelo nome e qual não deveria ser a emoção daqueles que ouviam seus nomes sendo pronunciados pelos lábios do Mestre dos Mestres. Que honra, que prestígio, que comenda, e, por outro lado, que responsabilidade, que ofício, ou melhor, que sacro ofício, que missão colossal e gigantesca. Quem sabe hoje Jesus Cristo está lhe dizendo: eu quero você, vem e segue-me. Você ficará indiferente? Fará de conta que não é com você? Não se preocupe se você não se sente preparado, peça o Espírito Santo. Os discípulos eram homens rudes, pescadores sem formação. O melhor dentre eles que tinha alguma letra era Judas Iscariotes. Preciso comentar? Jesus iniciou o maior empreendimento do universo com doze homens. Não só porque Israel tinha doze tribos e porque o número doze na Bíblia significa totalidade. Mas porque o reino de Deus é como uma pequenina semente que começa insignificante e mais tarde se transforma numa gigantesca árvore frondosa a servir de morada para passarinhos e sombra para os transeuntes e cansados que venham a repousar sob seus galhos. Outra questão interessante na escolha acima referida é que os critérios de Cristo não são os critérios do mundo. Mas quem busca a Cristo e aos fins do seu reino recebe todo o mais por acréscimo, inclusive as coisas mundanas. Fica a questão para pensarmos: quando elegemos alguém nosso sócio, empregado, prestador de serviço, procurador, mandatário, o fazemos com os critérios de Cristo ou com os critérios do mundo? Cristo escolheu os doze não tanto por suas capacidades, mas acima de tudo pelo caráter dos mesmos.