Cléverson Israel Minikovsky (Pensando e Repensado)
Advogado
Filósofo
Jornalista (DRT 3792/SC)
Recebi uma palavra de uma pastora que durante o louvor aproveitou estar com a fala para predicar o que agora compartilho com o amável leitor: dizia ela que uma pessoa não entendia do porquê tanto sofrimento, tanta privação, tanta provação, doença, falta de dinheiro, perda de um ente querido e, então, em meio à oração desta pessoa ela teria ouvido uma voz muito clara que lhe dizia o seguinte: “Minha filha, não temas, não te acovardes, não murmures, somente confia em Mim”. Penso que esta palavra é uma das palavras centrais das Sagradas Escrituras. Porque o que está perdido para o homem pode não estar perdido para Deus. O homem não pode extrair o vivo do morto, mas Deus o pode. Nós não entendemos. E nem temos o direito de cobrar de Deus tal compreensão, mas devemos acatar os movimentos do mundo espiritual. Quem sabe, quem muito cresce espiritualmente, até consegue entender o porquê das coisas. Mas enquanto não temos este crescimento o melhor é a resignação. Os fatos são os mesmos, mas a visão que temos acerca deles é sempre outra. O que num primeiro momento parece ser um desastre, logo depois pode ser o melhor dos mundos possíveis. Diria até que algumas coisas acontecem em nossas vidas justamente para que Deus possa testar nosso nível de confiança Nele. O evangelho diz que Deus “é como um homem que tira coisas novas e velhas de seu baú”. Ou seja, águas mansas são profundas, meu caro. A confiança passa muito pelo silêncio. As pessoas têm dificuldade de sofrerem caladas. E lhes digo, sofrem muito mais porque externam o que falam. Quem escuta não é ajudador, é complicador. Onde há miséria ela se multiplica pelo muito falar. Quem muito fala é porque está buscando auxílio noutro lugar que não é Deus. Melhor seria ao sofredor recolher-se no seu quarto e confessar-se a Deus a tagarelar com gente de menor juízo. A paciência faz parte da confiança. Porque a nossa época é a época do micro-ondas, do imediatismo. Ver o tempo passar e as coisas não acontecerem sem se desesperar também é confiar em Deus. Talvez a forma máxima de confiança em Deus. A paz de espírito que a confiança em Deus traz ao homem é imensa. Porque sem Deus tudo pereceu, está perecendo ou perecerá. Só o Ser por excelência é capaz de do nada chamar as coisas à existência pela primeira ou pela segunda vez. O que mais recomendo a cada um de nós é que façamos do slogan de Josué o nosso próprio slogan “eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Ora, quem serviria tão sem reservas a um Senhor se não confiasse neste Senhor? Uma semana abençoada. Muita paz e muita graça.