A partir de agora, a companhia passa a fazer parte de uma rede com empresas em todo o mundo
Na busca por consolidar seu compromisso com as boas práticas para equidade de gênero, fomentar o desenvolvimento profissional e social das mulheres, nesta segunda-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a Celesc firmou compromisso com os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs - Women´s Empowerment Principles), programa da ONU Mulheres do Brasil, das Nações Unidas para Igualdade de Gênero e do Pacto Global. Com a assinatura do termo, a Celesc passa a fazer parte de uma rede local e global da ONU.
Durante o evento virtual em que o compromisso foi firmado, o presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, destacou o relevante papel da empresa em promover uma profunda transformação cultural em toda a cadeia do setor elétrico. “Nossa busca é por uma gestão cada vez mais inclusiva, que estimule a inovação e a criatividade, por meio da sensibilização ao debate, da conscientização e do estímulo da inclusão e da diversidade em seu ambiente corporativo, envolvendo lideranças e liderados, além na relação com seus fornecedores e com a comunidade”, afirmou.
A iniciativa também contou com a participação da consultora da ONU Mulheres do Brasil, Simone Bianche, que trouxe dados importantes sobre a representatividade feminina no mercado de trabalho, números sobre capacitação e tempo gasto diariamente em tarefas não remuneradas. De acordo com a Unesco e com a International Labour Organization (ILO), apesar de 38% das mulheres ingressarem, e concluírem, o ensino superior – contra 34% dos homens – apenas 49% delas são economicamente ativas enquanto, entre eles, esse índice chega a 76%. Bianche ainda destacou que as mulheres gastam 4h30 do dia em atividades domésticas não remuneradas. Para os homens, esse tempo cai para 1h20.
Ao encerrar sua fala, celebrou o ingresso da Celesc nesta jornada. “Tornando-se signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres, no dia Internacional da Mulheres, mostra muito o compromisso da empresa com o tema”, completou.
Na ocasião, a diretora de Finanças e Relação com Investidores da Celesc, Claudine Anchite, primeira mulher a assumir um cargo de diretora na empresa, falou que é motivo de orgulho poder participar de um momento tão emblemático. “Além de assumir um compromisso relacionado a seu ambiente interno, a Celesc evidencia um compromisso com toda a sociedade catarinense, sendo exemplo para outras empresas no Estado. A diretora destacou também a importância da sororidade feminina no ambiente de trabalho, para que cada vez mais mulheres ocupem posições de liderança e gestão, como caminho para alcançar a igualdade e a equidade profissional.
Nessa perspectiva, a analista de projetos em práticas empresariais e políticas públicas do Instituto Ethos, Scarlett Rodrigues Cunha, demonstrou as diferenças entre equidade – quando há iguais oportunidades de acordo com necessidade de cada pessoa - e igualdade – quando são oferecidas as mesmas condições para todos, sem levar em consideração as especificidades de cada indivíduo. Já o presidente do Instituto Ethos, Caio Magri, trouxe dados importantes sobre os desafios enfrentados por mulheres no mercado de trabalho e destacou também a grave situação no momento atual de pandemia, com a crescente violência doméstica e os feminicídios.
Os últimos dados levantados pelo Dieese, mostram que as mulheres são as mais impactadas na pandemia em relação ao desemprego. De acordo com a pesquisa “Brasil – A inserção das Mulheres no Mercado de Trabalho”, a taxa de desocupação entre mulheres não negras foi de 16,8%, no ano de 2020, entre as mulheres negras o número foi de 19,8%. No que diz respeito à desigualdade de remuneração entre gêneros, as mulheres negras também foram as mais prejudicadas: com um rendimento médio por hora de R$ 10,95, elas recebem quase metade do valor pago aos homens não negros, que é de R$ 20,79 por hora.
Caminhos traçados pela Celesc para alcançar a igualdade de gêneros
Desde 2019, por meio do programa Celesc + Energia, parcialmente financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a companhia coloca em prática ações sobre diversidade de gênero, que incluem a implantação de estratégias internas e externas para fomentar o aumento de mulheres no setor.
Entre as principais ações da Celesc em direção à equidade de gênero está a atuação do comitê de equidade de gênero, formado por gestores e diretores, criado para manter o assunto em pauta de forma perene; e a campanha Mulheres em Movimento: Juntas na mesma energia, que vem promovendo conversas sobre a temática e que, pela primeira vez em 65 anos de história da empresa, trouxe como porta-voz a eletricista Cristiane Layher, uma das três profissionais mulheres entre os 1055 eletricistas do corpo funcional da Celesc.
Para a assessora de Responsabilidade Social da empresa, Regina Schlickmann Luciano, fomentar ainda mais a atuação de mulheres em cargos técnicos, como de eletricistas e engenheiras, no quadro de empregados da companhia, é fundamental para empreender a equidade de gênero. “É um caminho de mão dupla, cuja responsabilidade tem que ser compartilhada com as oportunidades geradas pelas empresas do setor elétrico e pelo incentivo e apoio das famílias e sociedade em geral, para que as mulheres busquem aperfeiçoamento e queiram atuar nesses postos”, diz Regina.
Conheça os sete princípios para o Empoderamento das Mulheres - WEPs
1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero;
2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não discriminação;
3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa;
4. Promover a educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres;
5. Apoiar o empreendedorismo feminino e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing;
6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social;
7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da equidade de gênero.