Dois fatos ocorridos em Brasilia repercutem em Santa Catarina e podem criar novos enredos politicos: a decisão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado de considerar “justa causa” a punição com perda de mandato de filiados aos partidos políticos que cancelaram inscrição para fundar nova legenda; e a reunião da ministra Ideli Salvati com dirigentes, parlamentares e prefeitos de Santa Catarina para tratar do preenchimento de cargos federais no Estado.
A decisão do Senado constitui outro pesadelo para o governador Raimundo Colombo, principal líder do Partido Social Democrático. Pode frustrar os planos do prefeito Gilberto Kassab, fundador do PSD nacional. Mesmo que a nova regra jurídica não seja aprovada imediatamente – depende de apreciação pela Câmara Federal – o estrago está feito. Prefeitos, vereadores e candidatos em potencial que caminhavam para a nova legenda começam a frear o projeto. Temem perder as siglas atuais e até a inviabilização de seus projetos em 2012. Na Câmara Federal já estão prontos pareceres que coincidem rigorosamente com a posição do Senado. Isto é, quem sair do partido para o qual foi eleito afim de fundar uma nova sigla também estaria praticando infidelidade partidária e, portanto, com risco de perda do mandato.
A iniciativa da emenda constitucional aprovada no Senado é do senador Demóstenes Torres, do DEM, que procura assim estancar as pretensões dos dirigentes nacionais e estaduais do novo PSD. A ex-ministra Marina Silva, que está deixando o Partido Verde para fundar nova legenda, também poderá ser atingida com os verdes de Santa Catarina que caminham na mesma direção.
O PSD catarinense já enfrenta uma situação constrangedora no noticiário nacional com as denúncias de ter assinaturas de fantasmas nos requerimentos de sua fundação.
(47) 99660-9995
gmail.com