Cléverson Israel Minikovsky (Pensando e Repensado)
Advogado
Filósofo
Jornalista (DRT 3792/SC)
Muitas vezes agimos de forma errada mesmo tendo a intenção de fazer a coisa certa. Ovídio, poeta latino, disse “vejo e provo o bem e faço o mal” e Paulo de Tarso “não faço o bem que quero e faço o mal que não quero”. É por isso que Deus nos dá chance de recomeçarmos. Isso aconteceu com Davi. Ver I Cr 13, 1-14. Davi quis levar a Arca da Aliança para Jerusalém, mas quis fazer isto do jeito dele. Em primeiro lugar, buscou conselho com os homens e não com Deus. A Bíblia fala que ele tomou conselho com os capitães de mil e de cem. Ele consultou os levitas. Mas os levitas cuidavam dos trabalhos do templo e Deus se manifestava pelos profetas. Davi colocou a arca no carro novo. Ou seja, deu o melhor para Deus. Mas este não era o modo certo de carregar a arca. O modo certo era atravessar varais por dentro das argolas da arca e carregá-la sobre os ombros. E quem deveria fazer isto eram os levitas e não um homem profano. Tanto é que Uzá quis segurar a Arca para que a mesma não caísse no chão e foi fulminado. Pois a lei proibia que não um não levita pusesse as mãos sobre a arca, mas não previa sanção no caso de a arca cair no chão. O plano de Davi dera errado. Ele não conseguiu trazer a arca para Jerusalém. Aí Davi recomeçou. Neste ínterim a Arca ficou na casa de Obede-Edom e este homem e sua família foi muito abençoado. Aí Davi prepara um lugar, uma tenda para a Arca. Ou seja, na primeira tentativa, onde iria ficar a Arca? Davi se santifica. Isto significa que nós precisamos nos santificar se quisermos receber a presença de Deus em nossa vida. Davi num primeiro momento diz “como trarei a Arca a mim?”. Ele queria a Arca para a glória dele. Mas a Arca servia para ser a presença de Deus no meio do povo. Na segunda e bem sucedida tentativa de trazer a Arca para Jerusalém Davi segue à risca os preceitos da Lei Mosaica no trato com aquilo que foi tornado santo por Deus. Está escrito em I Cr 15, 22 que Quenanias ficou encarregado de cuidar do canto porque este era o ofício dele. Aí fica o questionamento para nós: qual é o nosso ofício, nossos dons, nossos talentos? A parábola dos talentos fala daquele que tinha um, dois e três talentos. O que tinha dois gerou mais dois, o que tinha três gerou mais três. O que tinha um disse “sei que és um Senhor severo que colhes onde não plantas e por isso enterrei este seu talento e agora lho devolvo”. O Senhor indignado disse: tirai desse que tinha apenas um e daí ao que tem três. Porque o que muito tem ainda mais lhe será dado e aquele que tem pouco até mesmo o pouco lhe será tirado. Mais adiante no texto de I Crônicas, quando finalmente a Arca estava entre os israelitas, Davi dançou de alegria. Esta é forma sublime de adoração a Deus. Davi não apenas exultou, cantou, sorriu, mas dançou em adoração na presença de Deus. E uma de suas esposas observa que ele estava mal vestido e com a estola sacerdotal. Somente o sacerdote podia usar a estola sacerdotal. Mas Deus não levou esta infringência da lei em conta por causa do coração de Davi, que era puro, humilhado e simples. Por isso que Davi era o homem segundo o coração de Deus. Ele até errava, mas ficava completamente arrependido depois do pecado. Diz ainda que o povo ofereceu holocaustos a Deus. Ou seja, para recomeçar da maneira certa é sempre preciso se colocar na presença de Deus, pedir sua orientação, santificar-se, preparar um lugar para Deus e, finalmente, adorá-lo. É preciso adorá-lo de uma maneira que fique clara que você está o adorando. Para o dançarino será com dança, para o escritor será com produção de texto, para o músico será com uma bela canção, para o artista com toda sorte de manifestação artística que não seja idolatria. Uma semana abençoada, meus amados leitores. Esta mensagem foi ministrada pelo líder de célula Marcelo Barbosa Lima e por mim compilada para cultivar maior número de corações.