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Sentimentos - Fernando Coimbra dos Santos

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"Se eu puder combater só um mal, que seja o da Indiferença".

 


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Um Apito de Trem Longínquo Demais - Cap III ao Cap V



 (continuação)

III

O ônibus deixa a cidade para trás. O destino, algum lugar no futuro, não importa qual, mesmo porque não havia mais a possibilidade de um futuro.

Surpreendo-me momentaneamente fazendo apostas impossíveis comigo mesmo, efêmera e inútil tentativa de sustar minha interminável queda naquele poço escuro e sem fundo: dez reais como a viagem é só de ida sem volta; mil reais como a viagem é de ida momentânea e volta definitiva, para que nunca, nunca mais, hajam novas partidas.

Chegava a trapacear, subornando minhas esperanças que se esvaíam e não mais se sustentavam, valorizando um último sonho derradeiro que – sabia – não mais se faria presente.

Rio silenciosa e desvairadamente, diante da pergunta que fazia a mim mesmo: se havia justiça no mundo. E esperança.

E se haviam, onde estavam elas em minha vida?

O amanhecer que esperava que fosse se revelou mais uma vez um entardecer, que logo traria mais uma vez a noite em minha vida. Pela janela embaçada e sem nitidez, que refletia apenas meu desencanto e amargura, deparei-me imaginando que o ônibus percorria inexoravelmente a estrada do tempo, a correr incessantemente para a eternidade, numa viagem direta e sem volta, inevitável e sem paradas intermediárias.

Nem mesmo a absurda e escorregadia esperança de que em inesperados trechos o ônibus se afastasse da estrada, derivando momentaneamente para algum canto impreciso e improvável que me desse uma oportunidade de redenção, ocorria a este passageiro involuntário. O que poderia acontecer desta vez que mudasse os rumos indefinidos de meu destino amargo?

Insensato. Já devia saber. Já devia ter aprendido, que nenhum gesto meu, nenhuma palavra, nenhum desejo, poderia alterar o que já havia acontecido, nem mesmo dar uma dolorosa esperança do que poderia acontecer.

As horas que se seguiram foram de desespero, nada encontrei além de amargas e ao mesmo tempo tão doces recordações. Como para manter e preservar o pouco de sanidade que me restava, recusava-me a examinar os episódios de minha vida aparentemente tão inútil à luz da razão.

Tudo havia acabado como devia, o ônibus deixava-se levar pela velocidade vertiginosa e eu não sabia e nem queria saber o que me esperava no final daquela estrada sem fim.

Nada mais importava, o melhor era entesourar as doces mas amargas lembranças e procurar não pensar na razão de nada, já que se houvesse, escaparia totalmente de meu alcance e compreensão.

Uma voz indefinida e desconhecida me gritava: "Foge, foge enquanto é tempo". No entanto, eu permanecia onde estava, como se enfeitiçado. Veio-me então uma repentina e surda revolta (contra quem?) que logo se desfez, diluída em meu desamparo, na amargura e definitiva certeza que desta vez era mesmo uma viagem sem volta.

Senti então que agora, mais do que nunca, corria o risco de perder para sempre os meus sonhos. Veio-me um terror quase pânico do futuro. Ocorreu-me incoerentemente as lembranças de minhas tardes de chuva, plenas de melancolia, onde apenas submergia mansamente vencido em minha dor e desamparo. Como seria possível alguém encolerizar-se com a vida e dizer grosserias numa tarde de chuva, se isso nunca iria mudar nada fosse lá o que fosse?

Ocorreu-me uma esperança absurda, irrealizável. E se o ônibus de alguma forma maravilhosa e impossível estivesse a conduzir-me para o meu passado? Eu precisava voltar, mesmo reconhecendo e sabendo que amara mais, muito mais, do que fora amado. Como num delírio febril, no escuro da noite de minha vida, como se fosse a voz de um anjo, deparei-me com sua resposta aflitiva e aterradora: "Não podes voltar...".

Não cheguei a ouvir o anjo, li suas palavras escritas indelével e definitivamente no céu escuro lá fora. Ou seria apenas um reflexo na vidraça que preferia acreditar molhada por gotas de chuva?

Sem me dar conta do que fazia, vi-me acionando o sinal de parada. O ônibus diminuiu a velocidade e se imobilizou metros adiante na noite escura. A porta se abriu, não houve despedidas, apenas gargalhadas sarcásticas dos demais passageiros, os fantasmas de minha vida que zombavam sem piedade de mais uma tentativa, de mais uma esperança que jamais se realizaria, fosse lá por que motivo fosse em minha vida incoerente.

Quase me arrependi de meu gesto, mas aquela esperança e impulso absurdos me empurraram para fora. Estranhamente o ônibus não seguiu viagem, como se ficasse à minha espera, como se soubesse ser uma simples, momentânea, rápida e fugaz parada e inútil protelação do que estava irremediavelmente para acontecer em meu destino imutável.

Dei alguns passos na beira da estrada silenciosa e sem vida, sem destino certo. Olhando para a escuridão. tive um súbito desejo de ir embora, de seguir em frente. Mas, para onde? A resposta me veio imediata: para o passado, meu passado, onde quase que constantemente voltava em sonhos, dourando habilmente as partes sombrias, num mágico e deslumbrante faz-de-conta do que poderia ter sido se tivesse sido diferente.

Vi-me bradando desesperada e silenciosamente como o profeta bíblico no deserto: "Deus, onde estás que não me respondes?" E senti novamente uma dolorosa revolta não contra eu mesmo, por não ter fé, mas contra Deus, por não existir em minha vida. Ou existiria? Ou Deus era tão grande que não devia ter tempo para preocupar-se com um vago ser humano que fora engolido pela vida?

Deus não precisa de mim – consolei-me amargamente.

Queria morrer, naquele momento em que caminhava solitário à beira da estrada, mesmo em meio à minha inútil revolta, talvez imperdoável.

Se Deus existe – pensei – Ele me saberia compreender. Se não existe, nada terá a menor importância... Por que não baixar vencido a cabeça e aceitar simplesmente o que não podia modificar? Porque perderia o respeito próprio, que afinal de contas era uma das muito poucas coisas autênticas que me restava.

Que importância pode ter a decência, a coerência e a honestidade para quem deixa de acreditar em Deus? Mas contraditoriamente, reconhecia, se Deus não existe, não pode existir o Bem e o Mal e tudo vale. Comecei a rir baixinho comigo mesmo, reconhecendo-me imerso numa religiosidade que não conhecia. Ou que não sentia. Ou que não queria admitir.

- Não me queira mal, meu Deus – supliquei tristemente – sou apenas um pobre moço confuso que não pode mudar nada em sua vida.

Descobri-me chorando. Chorava porque sentia-me fraco, muito fraco, solitário e desamparado, só por isso. Soltei uma risada curta e seca. Se alguém perguntasse do que estava rindo, só teria uma resposta incompreensível:

- Coisas... Coisas de menino tolo que se perdeu na vida.

Não ouvia mais nem o ruído de meus próprios passos. Caminhava absorto nas próprias reflexões, pela estrada que estava plena duma névoa leitosa de tons arroxeados, que parecia deformar estranhamente todas as imagens, e eu tinha a vívida impressão de estar no fundo do oceano como um escafandrista desmemoriado que já não sabe mais por que desceu às profundezas.

Sequer reparei que o ônibus voltava a se movimentar, rodando lentamente à distância, como se fosse um cão que me protegesse ou uma forma demoníaca à espreita que aguardasse apenas um débil sinal de pedido de parada que sabia ser questão de tempo, inevitável e definitivo.

 

IV

É estranho, quase inexplicável. Mas às vezes basta um simples detalhe, um acontecimento corriqueiro, para evocar um turbilhão de lembranças.

Um pôr do sol olhado momentaneamente e a seguir aparentemente esquecido. Só que de repente senti que a noite chegara depressa demais em meu coração.

O olhar fixo perdido ao longe involuntariamente me transporta ao passado, que de repente se torna tão presente.

Não tenho fotos daquela época, mas não preciso delas para me lançar nas lembranças dolorosas. Para isto basta o cenário conhecido, um pôr do sol dentre tantos outros.

Olho para o vazio profundo que se abre dentro de mim e onde me precipito, os inúmeros fantasmas de meu passado dilacerando minhas defesas.

A sensação de estar desamparado, fora de casa, me atinge brutalmente.

E aniquila inevitavelmente uma imensa parte de mim.

Nos meses que se seguiram, arrastei-me pelo que me sobrara de vida como um autômato, encerrado numa intransponível muralha protetora, decidido que nada de mau, externamente, me atingiria outra vez.

Ouvia canções sobre desejos e perdas que pareciam me falar diretamente. Pouco a pouco ia bloqueando as lembranças (ou assim pensava), mas fracassando miseravelmente.

Às vezes, entorpecido, pensava ter conseguido, mas ao me deparar com um simples dobrar de uma esquina e me ver de frente com um lugar ou detalhe que fizera parte de minha que ficara para trás, tão longínqua,, eu me desmoronava.

Pensara ter me reconciliado com esta vida, e sentia dolorosamente a inutilidade de meus esforços, em cada pequenino pedaço dos milhares em que me fragmentava vezes sem conta.

E eu me forçava a ir em frente, brutalizado, aparentemente insensível, minha forma de sofrer, minha maneira de chorar.

Passei alguns meses num atordoamento que pouco diminuiu com a mudança para outra cidade. O local, as pessoas, era diferentes, mas a minha solidão era a mesma, já que eu a trazia dentro de mim.

Nunca na vida me sentira tão magoado, tão desnecessário, e pensei que jamais poderia me refazer disto. Sentia-me amargurado e zangado, a ferida sangrava e se recusava a sarar.

Fiquei com medo de tudo e não me permitia sonhar mais. E às vezes é melhor termos uma ilusão, mesmo sabendo que se trata de uma ilusão, do que não termos nada. Fiquei com medo de sonhar, e me refugiei em coisas do passado, em coisas do tipo "poderia ter sido". Ou, como bem diz aquela música que ainda não foi escrita: "se ninguém atender a seu chamado, siga seu caminho sozinho".

E meu grande erro: nunca devemos nos amparar numa só esperança. Um dia ela falta, e a gente naufraga.

Passaram-se muitos meses que se transformaram em anos, mas dentro de mim o lugar ocupado por minhas lembranças me fazia estremecer sempre que eu o tocava. Eu queria e não podia esquecer, e eu constatava que não existem infernos já feitos para os atormentados.

Em minha angústia, quando me perguntavam o que eu tinha, minha expressão de atordoamento era a resposta dolorosa. Não importava se aquilo me fazia mal, se aquilo me consumia. Era lembrar, ou morrer de vez, eu que morria um pouco cada segundo que se seguia.

E, aos poucos, deixei de responder às perguntas, tornei-me desconfiado e não me abria com mais ninguém. Fechei-me para as pessoas e para a vida. Se as coisas tinham que ser assim, assim seriam. Não fazia mais diferença.

Quando nossos olhos secam, chega-se a um lugar além das lágrimas, um espaço desolado. Com isso conheci a terra além das lágrimas.

No verão fui para São Paulo. Sentia-me mais velho, prematuramente mais velho, mais sábio e certamente menos ingênuo. Apesar da sensação de que parte de minha vida havia terminado. Ou a própria vida.

Eu não se dava conta, mas afigurava-se para mim mesmo como um passarinho cambaleante, arrastando a asa quebrada pelo chão: "- Ajude-me – pedia baixinho (sem o saber) com a voz daqueles que estão morrendo. - Mais do que tudo no mundo eu quero voar...".

No entanto, eu relutava em me desfazer das duras lições de meu passado, tinha medo de sofrer outra vez. Eu não me entregava o suficiente, e de repente o passarinho que eu pensava ser alçou vôo. Mas eu fiquei incrédulo, preso à terra, enquanto ele abria as asas sem esforço e rasgava o negror da noite que se abria novamente dentro de mim.

Minha esperança se foi e fiquei só outra vez com os fantasmas de minha vida.

Refugiei-me em três coisas: nos tiroteios com os bandidos, nas noites de chuva e no meu piano. Meu piano. Certa vez alguém me disse que não concebia mãos que tocavam piano empunhando uma arma. Com grosseria, respondi que minhas mãos eram capazes de muito mais.

A chuva. Talvez minha fixação pela chuva fosse uma maneira de exteriorizar minhas lágrimas, uma forma dentre tantas outras, assim como mantinha em meu rosto uma máscara de insensibilidade, de indiferença, de impenetrabilidade, de falsa brutalidade e violência.

Um imenso vazio. Uma estranha compulsão de sentar-me a um piano e transcender para o teclado toda a angústia, desespero e solidão. Uma forma indefinível de apaziguar os fantasmas de meu passado tão presente.

Ou, talvez, o único fantasma fosse eu, uma sombra que carregasse em mim a dor dos sonhos desfeitos, a certeza de perder as coisas antes mesmo de chegar a tê-las. Eu me precipitara num poço escuro e sem fim, e não havia meio de subir de volta, não havia calor de mãos amigas ou som de voz humana.

Passou-se muito tempo. E muitas vezes eu só ergui os olhos ansiosos para os céus, na esperança de ver outra vez aquele passarinho de asa quebrada que um dia partira para não mais voltar.

Num riso amargurado, raiando a insanidade, eu reconhecia que minha expectativa fora grande demais. E agora eu pagava o preço outra vez. E meu piano e as respostas de meu revólver eram os liames que me prendiam teimosamente à vida, à lucidez discutível do que eu me tornara.

Mas, um dia, inexplicavelmente, surpreendi-me cauteloso, nem o sei por que.

Surpreendi-me olhando cuidadosamente cada pessoa que se avizinhava, avaliando se constituía uma possível ameaça contra minha vida ou não. Eu que me vangloriava de não ser homem para morrer na cama, de repente estava me cuidando.

De repente não queria morrer mais numa sarjeta, vítima de uma bala assassina e possivelmente covarde. Não que aquilo me fizesse diferença, até menos de meia hora atrás. Mas agora fazia. Agora eu queria viver, e meu passarinho da esperança de asa quebrada era o motivo disto.

 

V

Eu não me atrevia a olhar em seus rostos, pois temia ver a mim mesmo, meu próprio terror, minha própria solidão.

Meu olhar se desvia e mira o infinito. Ou assim eu pensava.

Pois, como aquela mariposa que revoluteava cada vez mais próxima do calor da lâmpada que a aniquilaria, eu me surpreendia vezes sem conta olhando o casal com o garoto à minha frente.

Uma lembrança emerge dolorosamente, lembrança que não é nada mais que uma sombra do meu passado. E é lá que eu queria inutilmente que ela ficasse: com as outras sombras.

Então eu sorrio, mas é um sorriso falso que, apesar de tudo, se mantém.

Uma forma inútil de defesa, nada mais que isso.

– Sou capaz de superar isso – asseguro secretamente para mim mesmo.

Mas uma voz interior me repreende, debochando;

– Você está mentindo descaradamente para você mesmo, e sabe disso. Em outros tempos talvez o enforcassem na árvore mais próxima, por isso.

Como aquela mariposa que revoluteava cada vez mais próxima do calor da lâmpada que a aniquilaria, eu me deparara com aquele casal que andava lentamente em direção ao restaurante.

Eu os conhecia, cumprimentamo-nos simplesmente por educação, sem qualquer intuito de aproximação.

De súbito, incompreensivelmente, mais que ver, eu senti inexplicavelmente o que me atingiu naquele noite.

Eu senti. E doeu. Doeu de verdade.

A verdade revelada pelos olhos da criança, os olhos onde vi os meus próprios.

Enquanto nos dirigíamos à pizzaria, a família caminhando à minha frente, o pai colocou o garotinho em seus ombros. No começo ele mantinha as mãos do garoto entre as dele, depois o segurou pelos tornozelos e o menino apoiou as mãos em sua cabeça, agarrando-se aos seus cabelos.

Ficou altíssimo. Seu coração nunca estivera tão no alto, tão lá no alto.

Naquela noite, não sei o que lhe deu, mas ele era um pai. Um pai de verdade.

Até fatiou a pizza para o filho. A única vez em toda a sua vida. Estava simpático, ria de qualquer coisa. A mãe também ria. Naquela noite, eram uma família feliz. Sobretudo a criança.

Talvez o homem que vi naquela noite fosse agora um verdadeiro pai. Ou, pelo menos, o que ele teria sido sem todos os seus problemas.

Inexplicavelmente intuí que o garotinho desejava que aquela noite não acabasse nunca.

Então pude ouvir quando ele pediu:

— Quando a gente chegar, posso ficar acordado mais um pouquinho com vocês?

Mas depois ele adormeceu dentro do carro.  E na manhã seguinte tudo estaria como sempre.

Era domingo. A mãe na cozinha, o pai na sala, vendo televisão.

— Esta noite vamos sair para comer pizza de novo? – quase pude ouvi-lo perguntar com ansiedade.

— Não, esta noite vamos ficar em casa – foi a resposta que ele não queria ouvir.

E me doeu. Doeu. De verdade.

Porque simplesmente o pequeno não queria comer outra pizza. Ele queria, mais que tudo, que aquela noite mágica e maravilhosa pudesse acontecer outra vez. E outra. E outra. E outra.

E, se não fosse querer demais, que acontecesse para sempre em suas vidas.

Mas era querer demais.

Mesmo que ele não soubesse disso em tão pouca idade.

O pai pagou a conta, atravessaram a pizzaria e saíram.

Vi a porta se fechando, escutei os passos se afastando na imitação de mármore do corredor. Após algum tempo, os passos ficaram fracos, depois silenciaram.

Mesmo assim continuei escutando. Para quê?

Será que eu queria que eles parassem de repente, voltassem e conversassem comigo me tirando da sensação com que eu ficara?

Bem, isso não aconteceu. Foi a última vez que os vi.

Um dia se mudaram. Ou eu mudei, não me lembro ao certo.

Foram embora de minha vida há dois anos, ou ontem à noite, ou talvez nunca, não sei. Não fomos amigos, apenas vizinhos, mas aquilo me marcou.

De certa forma incompreensível, quando você não está mais com a pessoa com quem queria estar, a lembrança dela lhe entra na cabeça nos momentos mais inesperados.

De repente você é assediado por recordações e imagens.

Isso acontece sempre que o presente parece passar pela sua vida sem sequer lhe lançar um olhar, e então resulta que viver nos recantos e nas sobras dos dias passados é mais bonito do que aquilo que você está vivendo.

Olhar para a retaguarda, muito mais do que para a frente.

É uma viagem que você faz debruçado na amurada da popa, não na da proa.

(continua)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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