Inaugurado em 1924, o Casarão Zipperer, localizado no Centro de Rio Negrinho, está fechado à visitação pública. A medida leva em consideração laudo da equipe técnica da Secretaria de Planejamento, que observou problemas estruturais na edificação e que poderiam colocar em risco a integridade física de quem visitasse o espaço. A Prefeitura de Rio Negrinho já busca recursos para a restauração do imóvel.
O Casarão foi construído por Jorge Zipperer no início da década de 1920, para servir de moradia. Em 1998, foi tombado pelo Patrimônio Histórico de Santa Catarina, por conta do seu modelo construtivo — inovador para sua época. A partir do tombamento, o prédio passou a ser de responsabilidade da Prefeitura de Rio Negrinho que já àquela época observou problemas estruturais na edificação, em virtude do abandono pelo qual o Casarão já havia passado nos anos anteriores.
Desde então, várias medidas paliativas foram tomadas, com o objetivo de manter a estrutura original. Porém, como é feito em madeira, vários pontos apresentam cupins e brocas, que enfraqueceram as fibras da madeira em alguns pontos — com especial preocupação nas áreas estruturais. Recentemente uma trave de escoramento foi instalada, já com o objetivo de garantir maior segurança ao espaço.
Diante dos problemas estruturais que se agravaram nos últimos anos, a equipe técnica da Secretaria de Planejamento, composta por engenheiros e arquitetos, emitiu parecer pelo fechamento do espaço à comunidade, até sua recuperação e reforço estrutural.
Busca por recursos
No final de 2016, Rio Negrinho foi contemplada com uma verba de R$ 300 mil, por meio do Ministério do Turismo, para aplicação na restauração do Casarão Zipperer. Porém, os recursos acabaram perdidos por falta de entrega de documentação ao final daquele ano. Em 2017, orientado por técnicos do próprio Ministério do Turismo, o prefeito Julio Ronconi entrou com uma ação pedindo o envio dos recursos, alegando que o Município não poderia ser penalizado pela ineficiência dos ex-gestores, e que a restauração do prédio era uma ação emergencial.
De lá para cá, o processo já foi julgado pela Justiça Federal em duas instâncias, dando ganho de causa ao Município, porém a decisão ainda aguarda o trânsito em julgado.
Outra linha de busca de recursos para restauração do Casarão Zipperer ocorre na esfera estadual. A Fundação de Cultura tenta obter os valores necessários por meio do Edital de Apoio à Cultura Elisabeth Anderle, com o objetivo de realizar as ações necessárias e garantir que o espaço possa voltar a ser usado pela comunidade.