Um encontro marcado pelas emoções. O café realizado pelo Comitê de Aleitamento Materno e Hospital e Maternidade Sagrada Família para as doadoras de leite materno contou com boas surpresas. O evento, que acontece desde 2006, faz parte da programação da Semana Mundial de Aleitamento Materno e busca ressaltar os benefícios do primeiro alimento da criança e também agradecer carinhosamente às mães que fazem a doação.
Nesta edição, realizada na tarde de terça-feira, uma convidada muito especial esteve presente. Com apenas 4 meses e meio de idade, Stella Aparecida Morask já é exemplo de superação. Ela nasceu prematura, de uma gravidez de gêmeos. Com 31 semanas de gestação, a mãe Cleide Maria Baümel Morask foi submetida a cesariana após entrar em trabalho de parto e constatado que uma das crianças já estava sem vida em seu ventre. "Foi uma luta contra o tempo, pois a pequena Stella, com pouco mais de um quilo e meio, nasceu sem movimentos", contou a enfermeira da maternidade Francini Werka. Após a reanimação, foram 33 dias internada.
Nas primeiras semanas, para sua sobrevivência, Stella recebeu doses de leite materno doado. "Ela era prematura, precisava do alimento e nós somos muito gratos a todas as mulheres que oferecem o leite para a doação; ele salvou a vida da nossa filha", relata Sidnei Morask, que acompanhou a esposa e filha no evento. Casos como o da Stella são bastante comuns nas maternidades, conforme Francini. "São muitas vidas que dependem desse ato de amor", completou.
MAIORES DOADORAS
Nesse momento o posto de coleta de leite materno do Hospital e Maternidade Sagrada Família conta com 28 doadoras. Durante o evento foram homenageadas as mães que ofereceram a maior quantidade de leite. Pelo segundo ano consecutivo, Dariane de Lima foi quem doou mais, alcançando 33,7 litros. Ataize Scharmach doou 8 litros e foi a segunda colocada, enquanto Thaís Goes dos Santos também foi homenageada com 5,4 litros.
Segundo Dariane, esgotar o leite para a doação já fazia parte da sua rotina. "Voltei a trabalhar quando minha filha tinha quatro meses e sempre esgotei leite para que ela recebesse o alimento enquanto eu estava fora; o excesso separava para doação", relata. Sua filha Sarah Maria da Silva, hoje com um ano e sete meses, ainda recebe o leite materno. "Sempre acordava mais cedo para esgotar o leite, também fazia no meu horário de almoço e no período da noite. A rotina acaba sendo um pouco puxada, mas vale a pena", reafirma Dariane.
CONSCIENTIZAÇÃO
A Semana do Aleitamento Materno desenvolveu suas atividades com base no slogan “Empoderar pais e mães, favorecer a amamentação. Hoje para o futuro!”. Entre as ações realizadas, houve palestras no ESF 3 do bairro Centenário e palestras internas no Hospital para pais, mães e acompanhantes.
Os setores do Sagrada Família também foram decorados. Com recursos dos próprios funcionários, foram colocados banners, balões, cartazes e houve até distribuição de mudas de flores para presentear as mães que amamentam. O evento é realizado pelo Comitê de Aleitamento Materno e Clube da Lady.