Em mais uma iniciativa de resgate da memória de Jaraguá do sul, a equipe de historiadores do Arquivo Histórico do Município selecionou três imagens de seu acervo que mostram os primórdios desta trajetória de 143 anos da cidade.
De acordo com a historiadora Silvia Regina Toassi Kita uma das fotos mostra a primeira sede do Hospital e Maternidade São José. “A pedra fundamental foi colocada em novembro de 1926 e a inauguração do prédio ocorreu em 22 de novembro de 1936’ descreve Silvia.
A historiadora lembra ainda que após alguns anos houve a necessidade de nova sede, mais próxima da Paróquia, sendo então construída a sede atual do Hospital São José, inaugurada em 19 de abril de 1959. “Já os doentes foram transferidos em setembro daquele ano, com a ajuda de diversos munícipes e seus veículos para o transporte dos mesmos”, completa. A antiga sede foi vendida para a Comunidade Evangélica em 1960 e em 1966 se tornaria a primeira edificação do Hospital Jaraguá.
Outro momento retratado mostra um piquenique na beira do rio na década de 1920. Silvia Kita destaca que algumas décadas atrás era comum as famílias e amigos se reunirem para um piquenique à beira dos rios da região, algo que volta acontecer agora com o Parque da Via Verde. “Tomar banho, pescar, se divertir ou contemplar a natureza. Famílias residentes às margens desses rios, organizavam espaços para essa finalidade, ou como na foto para lazer, leitura, entre outras atividades”.
Já a terceira foto do acervo do Arquivo Histórico intitulada “Casa comercial e balsa” também remete ao início do Século 20 em Jaraguá do Sul. “Retrata o serviço de balsa realizado pelo senhor Georg Czerniewicz autorizado em 1900 pelo município de Joinville, do qual Jaraguá era Distrito” explicou a historiadora. A casa comercial, ao fundo na imagem, servia de moradia da família, hotel, além da venda de produtos, secos e molhados.
Nessa casa comercial surgiu o primeiro jornal de Jaraguá, o Der Jaraguá Bote, jornal manuscrito editado por Hugo Schneider entre os anos de 1900 e 1901, tendo somente quatro edições. Schneider era funcionário da casa comercial. Este imóvel, que ficava próxima a atual sede da Scar, foi demolida na década de 1970.