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Maurélio Machado

maurelio_machadoyahoo.com.br

Escritor e Poeta

Natural de São Bento do Sul,SC, casado com Karim Voigt, pai de 2 filhas: Daniela e Fernanda e 1 filho: Fábio Luis, 1 neta Giovanna e 1 neto Eduardo.

 Membro da Academia Parano-Catarinense de Letras, ocupando a cadeira de nr. 41.

 Membro da Diretoria da Oficina de Poetas - formação de jovens poetas nas escolas públicas.

 Membro da Academia de Letras Infanto-Juvenil para Santa Catarina 

Municipal de São Bento do Sul

 Mérito Literário do Instituto Montes Ribeiro de Curitiba/Pr

 


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E se acontecesse com você???

Segunda, 13 de junho de 2011

José Heráclito residia numa cidadezinha do interior, bem lá no pé da serra onde o vento faz a volta.

Uma vez por semana ele se dirigia à venda (armazém) do seu Manuel para efetuar compras de mantimentos, o rancho semanal.

Seguia sempre a pé, mas tomava o cuidado de fazer as compras rapidamente e voltar logo, pois no meio do caminho entre sua casa e a venda existia um cemitério.

Na vila o pessoal contava muitas estórias macabras ocorridas com o pessoal que passava por aquelas paragens a noite, de fazer tremer qualquer valentão.

Certo dia, após fazer as compras, José encontrou o amigo Ambrósio que há muito não via e assim passaram a entabular uma conversa demorada, revivendo o passado saudoso: os bailões na vila, as pescarias e caçadas pelos rios e bosques da região, as paqueras com as belas morenas nos finais de semana, as travessuras dos tempos de adolescentes, lembranças dos colegas que partiram para outros lugares ou para sempre, enfim sobre os tempos que deixaram muitas belas recordações.

Quando se deram conta já havia escurecido, parece que, justamente naquele dia, a noite chegou mais depressa nas asas dos ventos ululantes da serra.

E fazia muito frio também, de fazer tremer as queixadas dos caboclos.

Pois bem, não restava ao José outra alternativa, se despedir do amigo e   retornar ao lar, mesmo que fosse necessário “passar em frente do cemitério”, o qual ficava em local ermo sem ter nenhuma residência nas proximidades.

Despediu-se de Ambrósio e começou a andar carregando a sacola com as compras adquiridas.

Suas pernas tremiam, não sabia explicar se de frio ou de receio pois teria que passar no escuro pelo  local lúgubre.

Um sibilar estranho pode se ouvir, José Heráclito petrificado deixou cair a sacola com as compras.

Recompôs-se: graças aos céus exclamou tremulante: era só um morcego.

A seguir avistou uma mulher que seguia logo em frente, a poucos metros de distância.

Imediatamente agradeceu a Deus por essa graça e apressou os passos.

Ao se aproximar da mulher foi logo cumprimentando:

- Boa noite, tudo bem minha senhora?

- A mulher foi cortês em sua resposta.

- Diga-me uma coisa, disse o José: por acaso a senhora não tem medo de passar sozinha, durante a noite, defronte a esse cemitério?

- Pois é meu filho, quando era VIVA EU TINHA !!!

 

Obs. Estória contada por meu amigo Valdomiro Nenevê. (História do Cemitério) na qual dei alguns “pitacos” (meti o bedelho) 



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