Controlar a infecção hospitalar nos mínimos índices possíveis e abaixo da média nacional é um objetivo que diariamente vem sendo alcançado pelo Hospital e Maternidade Sagrada Família. As estatísticas mostram que há controle quando o índice está abaixo de 2%. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 1,4% pessoas no mundo sofrem de infecções hospitalares.
No Sagrada Família, a taxa de infecção de sítio cirúrgico, quando acontece no local do corpo onde houve o procedimento, está abaixo da média brasileira e mundial. Ela foi de 0,8% em 2017 e 1,12% em 2018. Nas cirurgias limpas, quando acontecem em órgãos fechados que não têm presença de bactérias, não houve nenhum registro desde 2018 na instituição.
Para o médico infectologista Ricardo Zimmermann, que desde 2008 atua no hospital como consultor especialista no assunto, o baixo índice é resultado de um trabalho planejado, contínuo e colaborativo. “O comprometimento de toda a equipe hospitalar, em especial daqueles que cuidam dos pacientes, é essencial para prevenir e combater a infecção em todas as áreas, todos os dias”, destaca.
O médico informa que alguns diferenciais do Sagrada Família são essenciais para manter controlada a infecção hospitalar, como a atuação permanente de uma comissão exclusiva, a prioridade na busca de medidas efetivas de prevenção e o comprometimento de todas as áreas. “Infelizmente não há como eliminar totalmente a infecção, mas com o avanço da Medicina e o engajamento das pessoas é possível controlar e reduzir os índices”, informa Zimmermann.
Implantada em 1998, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar atua com médico infectologista, enfermeira especializada, técnica de enfermagem, farmacêutico e bioquímicos. A equipe promove ações voltadas à vigilância epidemiológica, treinamentos com equipe assistencial, elaboração de protocolos, normas, rotinas e auditorias internas, além de visitas técnicas aos setores para monitoramento das medidas de prevenção.
A preparação e a qualificação das equipes são outras medidas adotadas pelo Sagrada Família, com treinamento multidisciplinar para a prevenção de infecções, realização de reuniões com equipe médica e da enfermagem, estruturação de processos que garantam a qualidade dos materiais e da assistência e auditorias em todas as áreas com foco educativo. “Buscamos conscientizar diariamente os profissionais da saúde que o cumprimento às regras e práticas simples, como lavar bem as mãos antes de cada procedimento, ajudam a salvar vidas”, ressalta a enfermeira Nathália Formentini Menegaz, especialista em controle de infecção e coordenadora da comissão.