Neste sábado, 4 de maio, ocorreu o dia "D" da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza e Mobilização Estadual contra o Tétano.
Todas as unidades de saúde estiveram abertas ao público durante todo o dia para vacinar as pessoas com 60 anos e mais, crianças de 6 meses a 5 anos 11 meses e 29 dias (menores de 6 anos), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), professores, profissionais da saúde e pacientes portadores de comorbidades.
Para os pacientes portadores de comorbidades, mantêm-se a necessidade de prescrição médica com diagnóstico que se enquadre nas indicações, devendo ser apresentada no dia da vacinação, não será liberada a vacinação perante receita médica sem diagnóstico.
Mesmo realizando o dia "D", a enfermeira do Centro de Vigilância à Saúde, Cristiane Jantsch Sestren, comentou que o resultado foi muito abaixo do esperado, com pouca procura pela vacina durante o dia nas unidades de saúde.
Conforme Cristiane, os dados foram fechados até o meio-dia e foram vacinados desde o início da campanha, dia 10 de abril, o total de 9442 pessoas, equivalente a 48,95% do total esperado.
Já quanto às crianças, foram vacinadas somente 45,97% do total, ou, 2703 crianças até o momento. "Os números estão muito abaixo do esperado e percebemos a falta de interesse da população. Não temos nenhum caso ainda confirmado da influenza aqui no município, mas a vacina é fundamental para a prevenção, e para isso contamos com a participação da comunidade", disse Cristiane.
Já nos casos das crianças a situação é mais delicada, pois estas dependem dos pais ou responsáveis para levá-las até uma unidade de saúde. Cristiane inclusive fez questão de registrar que a partir de agora a Secretaria de Saúde irá iniciar a busca ativa e identificar as crianças que ainda não foram vacinadas. "A situação é muito séria. A campanha se encerra no dia 31 e temos que vacinar praticamente metade de nossa meta ainda", explicou.
Obrigação dos pais
Todos os pais ou responsáveis são obrigados a levar seus filhos para receberem as vacinas, pois receber todas as vacinas disponibilizadas é um direito das crianças.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90, prevê diversas normas com objetivo de proteger o direito à vida e à saúde de crianças e adolescentes. Entre elas, há a previsão de multa e detenção, de acordo com os artigos 236 e 249 do ECA.
No ano de 2018, devido a baixa procura pelas vacinas durante a Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite, a equipe da Vigilância Sanitária reuniu-se com o Conselheiro Tutelar para solicitar apoio nos casos em que os pais não estavam levando seus filhos.
Joberth Krause – MTB 4280SC